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Atletas da NBA e da NFL protestam por mortes de negros nos EUA

Vários esportistas apoiaram e repetiram o gesto pioneiro de Colin Kaepernick, que, como forma de protesto, se recusa a ficar em pé na hora do hino nacional

Por Da redação
Atualizado em 23 set 2016, 11h39 - Publicado em 23 set 2016, 11h39

A crescente onda de protestos contra a morte de negros por policiais nos Estados Unidos tem também adeptos no esporte. Na WNBA, principal liga de basquete feminino do país, o time inteiro do Indiana Fevers se ajoelhou na hora do hino como forma de protesto. Entre os atletas da NBA, por exemplo, nomes como Stephen Curry, Dwyane Wade, Rajon Rondo, Russell Westbrook e Carmelo Anthony se manifestaram recentemente contra o racismo, seguindo o movimento “Black Lives Matter” (“Vidas de Negros Importam”).

O pioneiro do gesto de não se levantar durante o hino dos EUA foi Colin Kaepernick, jogador de futebol americano do San Francisco 49ers, há cerca de um mês. O quarterback da equipe californiana ficou sentado no instante do hino antes do jogo contra o Green Bay Packers, no final de agosto, e justificou sua atitude após a partida: “Não vou me levantar e mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime o povo negro e as pessoas de cor”, disse o atleta de 28 anos na ocasião.

Seu protesto causou controvérsias nas redes sociais e chegou até a Casa Branca. O presidente Barack Obama declarou apoio a Kaepernick ao dizer que a luta pela causa é válida e que o protesto “é um exercício dos direitos constitucionais”. Por outro lado, o candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, criticou o jogador: “Acho isso terrível, talvez seja bom ele achar um outro país”.

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Kaepernick revelou nesta semana que recebeu ameaças de morte por se manifestar contra “a opressão à comunidade negra” durante a execução do hino nacional americano. Em entrevista à ESPN americana, ele diz que se isso acontecesse só mostraria ainda mais o quão está certo sobre o assunto: “Se fosse morto, vocês provariam meu ponto e estaria claro para todo mundo o real motivo de isso ocorrer”.

Quase uma semana depois de seus primeiros protestos, mais um caso de violência policial contra negros tomou conta do noticiário do país. Terrence Crutcher, de 40 anos, foi parado em uma rodovia por policiais de Tulsa, em Oklahoma, e mesmo desarmado, com as mãos para o alto, foi morto a tiros pelos oficiais.

Colin Kaepernick (dir) e Eric Reid (esq), do San Francisco 49ers, ajoelham em forma de protesto durante a execução do hino nacional americano, antes de partida válida pela NFL - 12/09/2016
Eric Reid (esq.) e Colin Kaepernick, atletas do San Francisco 49ers, ajoelham em forma de protesto durante a execução do hino nacional americano (Thearon W. Henderson/Getty Images)

Regulamento –  A NBA e o Sindicato de Jogadores de Basquete dos EUA estudam um plano para tentar evitar que os jogadores da liga repitam o gesto de Kaepernick e também se ajoelhem durante a execução do hino nacional. O regulamento da NBA prevê punição aos atletas que não ficarem de pé em respeito ao hino nacional.

Apesar do esforço das entidades, o treinador do Golden State Warriors, Steve Kerr, diz que os protestos continuarão durante o hino nacional na NBA. Stephen Curry, principal jogador do Warriors, por exemplo, expressou consternação após a morte de outro homem negro pela polícia em Charlotte, cidade onde ele cresceu. “Eu rezo pela minha cidade. Merecemos algo melhor do que isso”, escreveu no Twitter.

(Com Estadão Conteúdo)

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