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Promessa bilionária, CBF e desconfiança: em que pé está a nova liga

Clubes e empresas enxergam momento propício para renovar o Brasileirão, mas formato ainda depende de muitos fatores para sair do papel

por Klaus Richmond, Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 set 2021, 17h39 - Publicado em
12 jul 2021
15h33

Sonho ou realidade?

A movimentação dos principais clubes do país pela criação de uma liga de futebol independente para organizar o Campeonato Brasileiro, hoje sob chancela da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ainda é chamada de “operação embrionária” nos bastidores, muito embora dirigentes e executivos olhem como caminho sem volta a viabilização de um novo modelo de negócio já para a próxima temporada.

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O otimismo tem explicação: o momento de maior instabilidade política da CBF que dá ainda mais força para clubes pleitearem autonomia. O clima propício teve início no último dia 6 de junho, quando a Comissão de Ética da entidade afastar o presidente Rogério Caboclo por acusação formal de assédio sexual e moral a uma funcionária da entidade.

Conversada há quase dois anos, a iniciativa teve pontapé formal de partida nove dias depois do escândalo, após carta assinada por 19 dos 20 clubes da Série A (a exceção foi o Sport por estar em processo eleitoral), e começa a ganhar corpo com encontros mensais. Até o momento, foram dois: o primeiro no Rio de Janeiro, em 15 de junho, e o segundo em São Paulo, desta vez com 40 clubes pela presença dos 20 integrantes da Série B, em 24 de junho. O próximo acontecerá em Brasília, no dia 22, e deve contar com a presença de figuras políticas.

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O temor nos bastidores é ver a nova liga fracassar e a ação conjunta se dissolver a exemplo do Clube dos 13, movimento fundado na década de 1980 por Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

O grupo, que se expandiu com o passar do tempo e chegou a defender um maior poder em negociações coletivas, também cogitou a criação de uma liga independente, mas sucumbiu após a saída do Corinthians, em 2011, por decisão do então presidente Andrés Sanchez. Em registro no livro O Futebol Como Ele É (Editora Grande Área), do jornalista Rodrigo Capelo, o dirigente conta ter sido influenciado por Ricardo Teixeira, principal mandatário da CBF, que prometeu, em caso de vitória de Kleber Leite, passar o poder desejado aos clubes.

Sanchez relatou que, na ocasião, o processo não se deu pela derrota nas eleições do Clube dos 13 para a chapa liderada por Fabio Koff e Juvenal Juvêncio. A falta de união dos dirigentes, segundo conta, dificultou. “Chamei o Juvenal e o Fábio Koff, que Deus os tenha, e expliquei tudo. Eles não quiseram abrir mão do poder”.

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“No futebol, não dá mais para o investidor confiar em um grupo ou dirigentes, mudamos de cenário. Precisamos de uma real estruturação, ninguém vai colocar dinheiro se não oferecermos algo palpável. A legislação hoje do futebol não dá segurança. Temos um longo caminho ainda”, explicou a PLACAR o presidente do Juventude, Walter Dal Zotto.

Gestão compartilhada entre os clubes, início com aporte bilionário de empresas, mudanças na regra de rebaixamento envolvendo as séries A e B, a criação de um tribunal independente, a divisão de receitas e a adoção a um modelo semelhante ao dos campeonatos Espanhol ou Inglês são só alguns dos assuntos discutidos até aqui. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, uma das lideranças do projeto, considera a decisão “irreversível” e diz que os dirigentes nordestinos, que respondem por mais de 1/4 das Séries A, B e C, mantêm posição conjunta sobre este e outros temas.

“O momento exige um avanço econômico e de organização. Temos uma cumplicidade muito grande entre os nordestinos, claro, dentro dos limites da rivalidade. Quando divergimos de um assunto como as competições nacionais, debatemos primeiro e depois mandamos um posicionamento único. Quando um compreende o problema do outro, ficamos mais solidários e unidos.”

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Não é mais só o sonho, dizem os dirigentes. A nova liga dos clubes tem tudo para sair do papel.

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E quem manda, afinal?

Apesar da influência de nomes como o de Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, primeiro a divulgar em suas redes sociais o ofício encaminhado à CBF no último dia 15, a nova liga não deverá ser conhecida por um único rosto, ou pela sombra de algum dos clubes.

Guilherme Bellintani, Presidente do Esporte Clube Bahia –
Guilherme Bellintani, Presidente do Esporte Clube Bahia – (Felipe Oliveira/EC Bahia/Divulgação)

Diferente do formato do Clube dos 13, que elegia entre os dirigentes um presidente, o direcionamento mais provável é a contratação de um executivo para a função, evitando conflitos de interesses e margem para um rompimento da união recém-iniciada.

“A própria Liga não tem pessoa jurídica ainda. Já começamos a ouvir propostas, mas, paralelamente, estamos construindo um estatuto para deixar claro quem decide. Os clubes ficarão como um conselho consultivo. Na gestão a ideia é contratarmos um executivo para entregar resultados”, explicou a PLACAR o presidente Marcelo Paz, do Fortaleza.

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“É importante que o CEO ou presidente dessa liga não seja alguém diretamente ligado ou identificado com um clube, isso daria mais credibilidade, sobretudo neste início. É importante olhar para fora e trazer uma pessoa do mercado, homem ou mulher, que seja ligado a direitos de mídia e saiba comunicar essa visão de futuro aos times, pois exige uma fase de convencimento”, disse Arnon.

O plano é ter um avanço significativo sobre o modelo de gestão até setembro. Os clubes já ouviram propostas de três grupos empresariais interessados na operação. Eles prometem, após uma primeira apresentação, a reconfiguração dos campeonatos das duas primeiras divisões, além da criação de novas receitas.

Até o momento, três grupos principais surgem como interessados: o primeiro é liderado pelo advogado Flavio Zveiter e por Ricardo Fort, ex-executivo da Coca-Cola. Outro, coordenado pela consultoria KPMG, que conta com a Dream Factory, de Duda Magalhães, e a TGA, escritório de advocacia de Pedro Trengrouse. O terceiro é organizado pela empresa Livemode.

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Receitas, tema sensível

“Quando você bota a mão no bolso as coisas ficam mais delicadas”. A declaração a PLACAR do presidente do Avaí, Francisco Battistotti, é um resumo de que a distribuição de receitas será assunto sensível e amplamente discutido. A formatação ainda está longe de um consenso. “Eu fui bem enfático quando, apoiado pelos demais presidentes da Associação Nacional de Clubes de Futebol, disse que teríamos que discutir muito bem a questão de percentuais. Ah, não é época? Tudo bem, concordo, mas fui enfático: não me venham com uma distribuição como a que temos hoje, de 10 para 1. Se sairmos, sairemos em bloco”, explicou Battistotti.

Presidente do Avaí, Francisco Battistotti, quer melhores receitas para a Série B –
Presidente do Avaí, Francisco Battistotti, quer melhores receitas para a Série B – (Jamia Furlani/Divulgação)

O dirigente do Avaí lidera a Associação ao lado de outros 22 clubes – a maior parte deles pertencentes a Série B –, que tomarão decisão conjunta. O primeiro pedido foi acatado: que, nas primeiras ideias postas à mesa, os votos dos 40 clubes tenham igual peso. “Pedimos por voto igualitário e vamos discutir na frente. O futebol não é formado por clubes da Série A, mas de Série B para baixo. Temos que melhorar. Queremos maior representatividade, não adianta acharem que só os grandes que ganharão dinheiro. Esperamos que na formação da Liga isso evolua”.

De acordo com outros dirigentes ouvidos pela reportagem o assunto não foi colocado em pauta de forma formal. “Não propusemos em como dividir receitas para não ter o risco de colocar a carroça na frente dos bois. Os clubes precisam se unir, criar uma governança para que depois, de maneira técnica e com muita análise, possam discutir receitas. Estudamos muito o mercado e sabemos cada centavo destinado aos clubes de fora. Não temos um modelo, mas vários”, disse o empresário Francisco Clemente, executivo da KPMG, que formou um grupo de apresentação ao lado da Dream Factory e do escritório TGA, com o advogado Pedro Trengrouse.

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A divisão do montante é complexa. Respeitaria a critérios pré-estabelecidos como: número de títulos, pontuação acumulada na Série A e tamanho da torcida, itens que servirão para definir o repasse de valores de direitos internacionais, transmissão de TV aberta, fechada, pay-per-view e propriedades no campo. “Na Série B, por exemplo, pensamos em 50% igualitariamente e os outros percentuais condicionados a classificação no ano e outros pontos”, disse Battistotti.

A projeção inicial, de acordo com o Blog do Rodrigo Capelo, do Ge.com, é de 81,5% para a Série A e 18,5% para a Série B. Em televisão aberta e fechada, 50% dividido igualitariamente e outros 50% condicionados a condição na tabela. No Pay-per-view, 70% do montante condicionado à quantidade de assinantes e outros 30% de forma igual. Nos direitos internacionais, 40% para todos, 30% dependendo da posição na tabela e 30% medido por pesquisa de popularidade.

“Falamos e apresentamos sempre em cima de premissas. Existem várias alternativas como, por exemplo, a criação de um programa de fidelidade, como existem em tantas plataformas. Para quem está de fora, isso é algo totalmente natural no futebol, mas de dentro não é nem visto. O nosso caminho é o do mercado, o da não utilização de recursos públicos. Não vou dizer que está certo, ou errado, mas queremos trazer recursos de empresas privadas “, argumentou a PLACAR Duda Magalhães, da Dream Factory.

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Mas qual o modelo?

Criada em 1992, a Premier League, modelo adotado pela Inglaterra, é uma das mais citadas por dirigentes. O campeonato, no entanto, sofreu um ponto de virada em sua concepção impulsionado pela chocante tragédia de Hillsborough, em 15 de abril de 1989, quando 96 torcedores foram esmagadas até a morte durante o jogo entre Liverpool e Nottingham Forrest, pela semifinal da Copa da Inglaterra. A maior tragédia do futebol do país, provocada por uma série de erros de gestão e de segurança no auge do hooliganismo.

Chelsea e Manchester City, dois ingleses, fizeram a última final da Liga dos Campeões –
Chelsea e Manchester City, dois ingleses, fizeram a última final da Liga dos Campeões – (Alex Caparros - UEFA/Getty Images)

“Os clubes precisam saber bem quais são as suas referências, como funciona lá fora. La Liga é 90% a 10% entre as divisões, enquanto a Premier League só trabalha com a primeira divisão. Quando o clube cai, ele sai. A federação tem a ‘golden share’ (a ‘ação de ouro’, jargão utilizado para apontar que a empresa pode tomar decisões maiores). É preciso ter cuidado”, ponderou o advogado e especialista Pedro Trengrouse.

“Não adianta chamar quatro, cinco ou seis empresas e achar que somente isso vai construir um conhecimento para que possam dividir. Decisão sem informação é como loteria. E, ao jogar na loteria, você sabe quais são as chances. O aprendizado se perde facilmente, também. Olhando na reunião vi pouca gente conhecida, talvez somente o [Mário Celso] Petraglia (presidente do Athletico-PR). As decisões sobre o modelo não podem ser tomadas como numa mesa de bar”, completou.

Ainda não há definição sobre qual modelo inspirará a nova liga criada pelos clubes. A La Liga, responsável pela gestão espanhola, também serve de caminho. “O modelo inglês é muito interessante sobre a questão de divisão de receitas. A forma como vendem o campeonato, como conseguiram melhorar as receitas. Há muita internacionalização. O modelo espanhol é interessante na ocupação de espaço, está em mais de 60 países gerando receita, conteúdo, fidelização das marcas. Temos a falsa ideia de que nossos clubes são conhecidos ao redor do mundo, mas não são. Quem é conhecido é o Neymar”, desabafa o presidente Marcelo Paz.

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Modelo de La Liga também serve de inspiração para dirigentes –
Modelo de La Liga também serve de inspiração para dirigentes – (Mateo Villalba/Quality Sport Images/Getty Images)

“A Premier League dividiu o seu pacote em pequenos pacotes, alguns com mais jogos, outros com menos, e foi para o mercado vender de maneira organizada. Isso maximizou muito as receitas dos clubes”, explicou

Mesmo com o nome da liga em alta – Manchester City e Chelsea, duas equipes do país foram finalista da última edição da Liga dos Campeões da Europa -, com crescimento constante e sendo destino de desejo de boa parte dos jogadores do mundo, Manchester United e Liverpool, no último ano, cogitaram uma iniciativa que prometia mudanças drásticas. O projeto, chamado “Big Picture”, planeja reduzir o número de equipes e tinha como maior objetivo redesenhar o modelo de gestão, dando maior poder aos clubes. A informação foi noticiada pelo The Telegraph.

“Existem três elementos que sempre desuniram os clubes: direitos televisivos, calendário e forma de disputa. Toda vez que isso foi colocado na mesa houve desunião. Se for para trazer teorias, vamos ficar mais 30 ou 40 anos brigando somente. Fizemos os principais caminhos para que se unam de forma segura e sustentável”, explicou Rafael Plastina, advogado e executivo da Sport Track.

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Empresas ainda não disputam

De acordo com matérias divulgadas pela ESPN e Ge.com, no último dia 29, um dos grupos que apresentaram ideias a dirigentes dos clubes, a Codajás Sports, liderados por Flavio Zveiter, prometeram captar cerca de 750 milhões de dólares (3,7 bilhões de reais pela cotação atual) caso sejam escolhidos. O outro lado, com grupos como KPMG, Dream Factory e TGA Advogado sinalizou entre 1,5 bilhão e 3 bilhões de reais.

Valores, no entanto, ainda são considerados prematuros por executivos e ainda dependem da estruturação como negócio.

Valores ainda são incerto, mas nova liga deve movimentar bilhões se sair do papel –
Valores ainda são incerto, mas nova liga deve movimentar bilhões se sair do papel – (iStock/Getty Images)

“Entendemos que não estamos em uma concorrência. Os clubes pediram para ouvir o mercado apenas. No momento em que decidirem, vamos apresentar uma proposta no contexto que precisam. Você só consegue definir o valor com condições definidas. É igual ir em uma loja de carro. Quero comprar um, mas qual o modelo?”, explicou Duda Magalhães, da Dream Factory, empresa que atua em promoção e divulgação de eventos. O mais famoso deles o Rock in Rio.

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“Falamos em cima de premissas. Existem grandes clubes em estado pré-falimentares, com dívidas gigantescas, os números de estudos que fizemos demonstram isso. O que, naturalmente, já faria nascer um modelo de negócio com a necessidade de desafios, ou seja, de incluirmos limites. Qual investidor colocaria recursos numa entidade com riscos?”, acrescentou.

Ainda de acordo com o Ge.com, o grupo de Zveiter propõe a abertura de uma sociedade anônima, uma empresa, para tornar todos os clubes sócios. O outro lado, liderado pela KPMG, uma espécie de consórcio com prazo pré-estabelecido, de 20 a 30 anos, onde os clubes dividiriam direitos e deveres.

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Mudança nas regras e novo tribunal

Aventa-se, também, a mudança em regras de rebaixamento e acesso – com a criação de playoffs a exemplo da Premier League e da Série A, da Itália –, além de um tribunal independente. A ideia seria aplicada em substituição ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), hoje custeado pela CBF. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, diz que o tema não foi debatido.

“Em nenhum momento se cogitou uma mudança em regras de rebaixamento. O status é esse: nada de mudança de rebaixamento, de tribunal paralelo ou de valores. Estamos com um calendário de avanço de decisões até setembro, mas depende de várias coisas andarem, entre elas uma articulação com a CBF.”

Séries A e B podem ter fórmula de disputa readequadas –
Séries A e B podem ter fórmula de disputa readequadas – (Cesar Greco/S.E. Palmeiras)

O processo de uma reconfiguração não seria passo fácil. A ideia precisaria mexer com o calendário e, consequentemente, com acordos de direitos televisivos. Todos os clubes estão com contratos em vigor. Um dos desejos é para que jogos do Brasileiro acontecessem somente nos finais de semana, além de sofrerem uma pausa na metade da temporada. Com isso, teriam um casamento com o calendário europeu e a possibilidade de valorizar as marcas dos clubes.

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“A pandemia agravou muito a situação econômica dos clubes e esse movimento é imprescindível. Os clubes precisam decidir sobre o que pode, ou não, ser um divisor de águas. É a chance de uma reviravolta econômica realmente”, afirma Pedro Trengrouse.

Desde 2005, o Campeonato Brasileiro contempla quatro rebaixados e quatro times que sobem da série B. Na reformatação, ao invés de quatro, apenas três rebaixados. “No grande grupo, não se comentou isso, mas precisa ter critérios claros uma possível mudança de rebaixados. Não podemos ter uma discrepância grande de orçamentos entre clubes para não implicar em problemas”, diz Walter dal Zotto, do Juventude.

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NBA acredita em sucesso brasileiro

Vice-presidente na América Latina da NBA, a liga de basquete americana, Arnon de Mello acompanha atentamente a tentativa de construção da liga brasileira. Em entrevista a VEJA, ele citou que a união entre os clubes é fundamental para que o projeto possa avançar.

“Tenho certeza que é o único caminho para a redenção do futebol no Brasil. Digo isso com conhecimento de causa. O fator primordial para que a proposta saia do papel é a união dos clubes. O futebol precisa ser uma plataforma de entretenimento e conteúdo”, explicou.

Arnon de Mello, vice-presidente na América Latina da NBA-
Arnon de Mello, vice-presidente na América Latina da NBA- (Markos Fortes/Divulgação)

“Atualmente, as cotas de TV sustentam o futebol, mas esse modelo está fadado ao fracasso. É preciso encontrar caminhos. O que vale 100 em um ano pode valer 200 no outro. Numa liga, há direitos coletivos e igualitários, mas também os individuais, como patrocínios. Uns sempre vão ganhar mais que outros, mas como liga todos lucrarão”, acrescentou em outra resposta, quando questionado se era, de fato, possível acreditar na união dos 40 clubes.

Arnon citou o potencial de clubes brasileiros para se tornarem marcas globais como Chelsea e Manchester United, explicando que a CBF não possui escritórios no exterior, enquanto a NBA tem 13. Ele também mencionou, assim como os clubes, a necessidade de contratação de um executivo, um CEO desassociado a qualquer um dos formadores da nova liga, para trazer credibilidade.

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