Morre, aos 88 anos, o pai do ‘new journalism’, Tom Wolfe
Um dos grandes nomes do movimento que injetou um estilo mais literário nos textos de jornais e revistas, ele estava internado em um hospital de NY
Morreu nesta segunda-feira, aos 88, o jornalista e escritor americano Thomas Kennerly Wolfe, mais conhecido como Tom Wolfe, e também como um dos pais do new journalism, movimento que injetou um estilo mais literário nos textos de jornais e revistas. De acordo com o site do jornal The New York Times, ele estava internado em um hospital de Nova York. Segundo sua agente, Lynn Nesbit, Wolfe estava com pneumonia e foi hospitalizado por causa de uma infecção.
A cidade era o lar de Wolfe, um jornalista que liderou uma revolução entre os colegas ao tomar emprestadas técnicas da ficção para escrever, e depois se tornou um romancista best-seller, há 56 anos, desde que foi contratado pelo jornal The New York Herald Tribune. Entre os nomes que orbitaram em torno dele, na eclosão do new journalism, estão Gay Talese, Truman Capote, Joan Didion e Norman Mailer.
Nascido na Richmond (Virgínia), em 1930, e doutor em estudos americanos pela Universidade de Yale, logo iniciou a carreira de repórter. No Brasil, ele tem publicados livros como Fogueira das Vaidades e Um Homem por Inteiro, ambos pela Rocco, e Radical Chique e o Novo Jornalismo, pela Companhia das Letras.
Alguns de seus trabalhos de ficção foram adaptados para o cinema. Os Eleitos: Onde o Futuro Começa (1983), com Sam Shepard e Dennis Quaid, levou quatro Oscar.