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Na maquiagem, agora mais é mais

A ordem é exagerar, numa releitura dos anos 80. Aproveite enquanto a moda durar

Por Bruna Motta
Atualizado em 13 set 2019, 10h29 - Publicado em 13 set 2019, 06h30

Os mais antigos indícios de existência da maquiagem datam do Egito Antigo, quando se difundiu o hábito de enfeitar o rosto com pigmentos que sublinhavam olhos, cílios e sobrancelhas. Na Grécia Antiga, as mulheres faziam uso de gordura e tinta vermelha para corar a face. A queda do Império Romano e as trevas da Idade Média fariam a maquiagem cair em desuso, até renascer no século XV, tendo como berço Itália e França. Só nos anos 1920 ela verdadeiramente se popularizou. E assim caminhou a humanidade, no afã de embelezar-se e estar na crista da onda, de todas as ondas. Mas, como toda moda, esta também tem prazo de validade.

Até pouco tempo atrás, maquiar-se bem (e bem era sinônimo de discrição) consistia em aplicar camadas de não cor no rosto. No império do tom nude, pálpebras e contorno dos olhos ficavam esmaecidos por sombra e lápis cor da pele e até os lábios empalideciam sob o batom neutro. De repente, uma reviravolta aconteceu, e a maquiagem foi parar no outro extremo. Neste instante, cool mesmo são os tons que gritam: azul, verde, amarelo, rosa quase vermelho — um retorno aos abrilhantados anos 1980 (com pitadas de Cleópatra?), mas com mais capricho e atenção nos detalhes. Como não podia deixar de ser, a maré do exagero nasceu na internet. Sua plataforma de lançamento para o mundo é a série Euphoria, do canal pago HBO, que equilibra cenas pesadas de droga e sexo vividas por adolescentes com make-up sempre muito colorido.

As brasileiras são as campeãs globais em buscas pelo verbete “maquiagem Euphoria”, segundo o Google Trends, e compõem uma turma assídua nos tutoriais do YouTube que ensinam a copiá-la. Muito contribuiu para a corrida às sombras vermelhas e amarelas por estas bandas o fato de a atriz Bruna Marquezine ter se deixado fotografar há poucas semanas, em seu aniversário de 24 anos, com pálpebras pintadas de roxo e pedrinhas de strass à vontade. Fora daqui, a cantora Katy Perry, seguidora e lançadora de modas, surgiu no Video Music Awards, da MTV, com os olhos cor-de-rosa, delineador gatinho e brilhos em abundância. Como diria o poetinha Vinicius de Moraes, que seja eterno enquanto dure. ƒ

Publicado em VEJA de 18 de setembro de 2019, edição nº 2652

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