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‘Jayne Mansfield’s Car’ estreia no Festival de Berlim

Ao apresentar o filme, um drama familiar ambientado no final dos anos 1960, o diretor Billy Bob Thronton disse que o protagonista é um pai tão rigoroso e autoritário quanto o seu

Por Carlos Helí de Almeida, de Berlim
13 fev 2012, 15h42

O ator Billy Bob Thornton abriu seu coração ao explicar o impulso que o levou a fazer Jayne Mansfield’s Car, seu sexto longa-metragem como diretor, que fez sua estreia na tarde desta segunda-feira no 62º Festival de Berlim. No filme, que é ambientado no final dos anos 60, Robert Duvall interpreta um veterano da Primeira Guerra Mundial, pai rigoroso e autoritário, que gosta de observar o local de tragédias automobilísticas de sua pequena cidade, no interior do Alabama. “Quando eu era pequeno, de meu pai gostava de nos levar, eu e meus dois irmãos, para o local de acidentes de carro”, contou o americano de 56 anos, durante encontro com a imprensa, ao lado de parte do elenco do filme. “Meu pai era um irlandês durão, ex-militar da Marinha, e que costumava ser violento com os filhos. Nunca tivevemos uma conversa de verdade, mas ele não ele dividia com a gente esta curiosidade por tragédias de estrada. Acho que era uma forma de ele se ligar afetivamente aos filhos”.

Escrita por Thorton, em parceria com o roteirista Tom Epperson, a história descreve o choque cultural emtre duas famílias – uma americana e a outra britânica. Sob o teto do palacete de estilo colonial do sulista Jim Caldwell (Duvall, de filmes como O Poderoso Chefão) vivem os três filhos (interpretados por Kevin Bacon, Thorton e Robert Patrick). Os dois mais velhos guarda experiências distintas sobre a Segunda Guerra; o mais novo, vivido por Bacon, é um hippie que toma ácido e participa de manifestações com a Guerra do Vietnã.

As coisas desandam ainda mais quando o patriarca recebe a notícia da morte da primeira esposa, que o deixou anos atrás por um inglês. Este vem ao Alabama com os seus dois filhos, frutos de um casamento anterior, para cumprir o último desejo da mulher, que queria ser enterrada em sua terra natal, embora com o sobrenome do segundo marido. A princípio desconfortáveis com o contato um com outro, os dois octagenários acabam encontrando afinidades em suas visões conservadoras de mundo, que o mantiveram distantes dos filhos.

“Meu pai morreu quando eu tinha 17 anos de idade. Tínhamos nossas diferenças, mas nunca deixei de amá-lo, de diferentes maneiras, embora sua figura me aterrorizasse. Mas passei a vida inteiro em busca de sua aprovação, e sinto isso até hoje. Acho que foi este o impulso que me levou a fazer Jayne Mansfield’s Car , falar sobre filhos que buscam desesperadamente pelo reconhecido do pai”, confessou o ex-marido da atriz Angelina Jolie, e duas vezes indicados ao Oscar de melhor ator (por O Arremesso, de 1996, e Um Simples Plano, de 1998).

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