USP: salários e benefícios consumirão 93% do orçamento
Gastos podem prejudicar áreas de pesquisa e pós-graduação. Reitor cogita buscar recursos adicionais na iniciativa privada
O pagamento de salários e benefícios a funcionários da Universidade de São Paulo (USP) consumirá 93% do orçamento da instituição em 2013. Essa é a maior proporção de gastos dos últimos dez anos. O alto custo do funcionalismo ameaça outras áreas da universidade que precisam de investimento, como pesquisa e pós-graduação, além de coibir a expansão do número de cursos e vagas. O reitor da USP, João Grandino Rodas, não esconde a preocupação e já fala em buscar outras fontes de financiamento, como recursos da iniciativa privada.
Leia também:
Fuvest encerra segunda fase do vestiular
Nível de dificuldade da Fuvest foi alto, avalia professor
As instituições públicas paulistas de ensino superior sempre tiveram gastos expressivos com o pagamento de salários. Na USP, contudo, o montante teve aumento de 36% nos últimos três anos, chegando a 3,9 bilhões de reais.
A cifra é resultado de novas contratações, elevado número de aposentadorias e um novo plano de carreira para professores. Estudos da própria instituição indicam que o funcionalismo não pode comprometer mais do que 85% do orçamento. Caso contrário, outras áreas podem ser prejudicadas.
Rodas afirma que o estado já emprega um alto montante no financiamento do ensino superior, o que faz a universidade precisar de fontes alternativas de recursos. “A iniciativa privada seria apenas uma delas”, afirma.
(Com Estadão Conteúdo)