Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram nesta sexta-feira manter a greve que teve início há quase um mês. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada em frente ao Estádio do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista. Segundo a Polícia Militar, cerca de cinquenta mil docentes participaram de uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes.
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Na semana passada, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que 92% dos professores compareceram às aulas; nesta semana, o número presente de professores passou a 91%, segundo a secretaria. Ainda de acordo com o órgão, o número mostra que a maioria dos docentes está comprometida com as atividades escolares e pedagógicas. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que a adesão dos professores à greve manteve-se em 75% nesta semana.
Os professores reivindicam aumento salarial de 75,33%, redução da jornada de trabalho, mudança na contratação de professores temporários, disponibilidade de água nas escolas e fim das salas superlotadas – os docentes querem um máximo de 25 alunos por sala. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de 2.415,89 reais, é 25% superior ao piso nacional, de 1.917,78 reais.
A secretaria mantém as recomendações de que os pais encaminhem seus filhos normalmente às escolas, já que as aulas não estão suspensas. O órgçao afirma também que as aulas não serão estendidas para compensar o período de paralisação, uma vez que cerca de 35.000 professores substitutos estão suprindo a ausência dos docentes que se encontram em greve.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Secretaria da Educação alerta sobre informações falsas de professores que aderiram à greve sobre a continuidade das aulas.“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo rechaça as inverdades divulgadas pela Apeoesp para tentar promover seu calendário de mobilizações políticas. A Pasta não pode pactuar com o movimento do sindicato que tem incitado os pais a não levarem seus filhos às unidades escolares para inflar a paralisação e usado, em alguns casos, até mesmo de violência”.
A próxima assembleia está marcada para a próxima sexta-feira, dia 17, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
(Da redação)