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Ministro da Educação ironiza reitores ‘de esquerda’ de universidades

No Twitter, Abraham Weintraub citou suposta falta de 'tolerância' e 'pluralidade' entre os gestores de universidades mantidas pelo governo federal

Por Redação
Atualizado em 1 Maio 2019, 15h21 - Publicado em 1 Maio 2019, 13h25

Depois de decidir recuar na decisão de punir com bloqueio de recursos universidades federais que promovam “balbúrdia” e “bagunça” em seus campi, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ironizou no Twitter os reitores “de esquerda” das instituições administradas pelo governo federal.

Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub tuitou na manhã de hoje que “para quem conhece Universidades Federais, perguntar sobre tolerância ou pluralidade aos reitores (ditos) de esquerda faz tanto sentido quanto pedir sugestões sobre doces a diabéticos”.

O recuo do ministro se deu após repercussão negativa de uma entrevista dada por ele ao jornal O Estado de S. Paulo e, sobretudo, a avaliação de que os bloqueios de recursos poderiam ser questionados na Justiça. O plano agora é aplicar agora o contingenciamento de cerca de 30% para todas as universidades do país até que a pasta publique regras mais claras para a definição de cortes.

Três universidades já haviam sido alvo da medida: a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Todas já haviam identificado desde a semana passada o bloqueio de 30% no orçamento para despesas discricionárias, usadas para custear água, luz, limpeza, e outros serviços, conforme confirmaram as próprias universidades.

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Após a decisão de bloquear os repasses a universidades por “balbúrdia”, o MEC divulgou uma nota em que afirma que o critério foi “operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos”, em decorrência do contingenciamento de recursos decretados pelo governo, que definiu bloqueio de 5,8 bilhões de reais do orçamento da pasta.

Há menos de um mês no cargo, Abraham Weintraub substituiu o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez, demitido em meio a uma crise gerada na pasta por uma disputa entre seguidores do escritor Olavo de Carvalho e a ala militar do governo. O novo ministro, assim como o antigo, já deu declarações endossando Carvalho e defendendo o combate ao “marxismo cultural” nas universidades brasileiras.

Na semana passada, Weintraub anunciou, ao lado de Jair Bolsonaro em uma transmissão ao vivo no Facebook, que o governo reduziria investimentos em cursos de filosofia e sociologia. A proposta foi elogiada pelo presidente, que citou possíveis cortes em cursos de “humanas” e escreveu no Twitter que “o objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina”.

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Em um vídeo publicado também no Twitter na noite desta terça-feira, 30, Abraham Weintraub diz que a prioridade do governo Bolsonaro é investir em educação básica e pré-escola. Para ele, “agora criou-se uma polêmica enorme porque a gente está apresentando nosso plano de governo”.

“O que estamos trazendo em questionamento não é interromper os cursos de graduação. Os recursos futuros vão ser direcionados a cursos de graduação ou pré-escola ou educação básica (…) um aluno numa graduação custa 30.000 reais por ano. Um aluno numa creche custa 3.000 reais por ano. Para cada aluno de graduação que eu coloco na faculdade, eu poderia trazer dez crianças para uma creche, crianças que geralmente são mais humildes, mais pobres, mais carentes, e que hoje não tem creche para elas. O que você faria no meu lugar?”, indagou.

(com Estadão Conteúdo)

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