Média de cursos suspensos em SP é o dobro do país

A média dos cursos que tiveram vestibulares suspensos pelo Ministério da Educação (MEC) na cidade de São Paulo, com base no Conceito Preliminar de Curso (CPC), é mais que o dobro da média nacional e da estadual. Um a cada 12 cursos da capital avaliados pelo MEC em 2012 teve o processo seletivo cancelado. No estado de São Paulo, essa taxa é de 1 a cada 27 e, no país, 1 a cada 26. Tais cursos atingiram pontuações consideradas insatisfatórias (1 e 2) no CPC, cuja nota vai de 1 a 5.

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No total, 270 cursos tiveram os vestibulares suspensos no país. No estado de São Paulo são 69 e, na cidade, 36. Entre as instituições atingidas pela medida estão as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), a Faculdade Sumaré, UniSant’ Anna, a Estácio UniRadial, a Universidade Anhanguera Uniban, o Centro Universitário Fiam-Faam e Faculdade de São Paulo-Uniesp.

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Embora os cursos da capital paulista representem apenas 6% do total avaliado, eles são 13% entre os que tiveram o ingresso de novos alunos suspenso. Segundo o consultor em Educação Carlos Monteiro, a cidade tem alta concentração de cursos e muitos de baixa qualidade. “São Paulo tem os melhores cursos do Brasil e também alguns dos piores. A maioria tira o conceito 3, o que é preocupante porque a qualidade ainda não é boa e não há a necessidade de estabelecer um compromisso com o MEC para melhorar”.

O diretor executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Rodrigo Capelato, por sua vez, rebate que o CPC é um conceito preliminar, produzido com base principalmente na prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). “Várias dessas instituições boicotam o Enade, o que provoca queda na nota. Contudo, na avaliação in loco do MEC, tiveram resultados satisfatórios”, disse.