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MEC destaca redação que chama Venezuela de ditadura

Governo publica guia com instruções para a redação do Enem. Texto bem avaliado pelo MEC erra grafia do presidente Hugo Chávez

Por Da Redação
30 jul 2012, 19h33

Uma das redações destacadas pelo Ministério da Educação (MEC) como exemplo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chama a Venezuela de “ditadura” e erra a grafia do presidente daquele país. O texto faz parte de um guia do participante, com instruções sobre a redação da prova, lançado na segunda-feira. Com tiragem inicial de 1.700.000 de cópias, que serão distribuidas a escolas públicas, o manual também está dispónível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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A redação do Enem se propõe a avaliar cinco competências nos estudantes, sendo a primeira delas o domínio da norma culta da língua escrita. Contudo, logo no primeiro exemplo, o manual destaca o texto “O fim do Grande Irmão”, feito por uma estudante do Rio de Janeiro. Ao comentar o uso indiscriminado das redes sociais, a aluna diz que perfis em redes como Facebook e Twitter servem como “ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela”. O certo é Hugo Chávez.

O guia exalta a redação da aluna: “a participante demonstra ter compreendido a proposta e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo”. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, afirmou que a estudante usou “a norma culta com perfeição” e aportuguesou o nome do presidente venezuelano. “A comissão entendeu que isso não dá para penalizar. Não é um erro que cause dano ao conhecimento da estudante”, afirmou.

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Questionado se não causava constrangimentos ao governo destacar uma redação que chama de ditadura a Venezuela, Costa respondeu: “A redação não é avaliada pela sua ideologia. O Brasil é uma democracia que respeita a liberdade de expressão, respeitamos a posição política de cada estudante, independentemente de concordamos ou não”.

Em 2011, diversos alunos solicitaram à Justiça acesso à redação por julgarem que foram prejudicados durante a correção. Por conta disso, a partir deste ano, um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) permitirá que os estudantes vejam aos textos corrigidos. Aloizio Mercadante, ministro da educação, afirmou que o acordo será cumprido: “O que estamos discutindo são os procedimentos de segurança para que os alunos tenham acesso. É um direito individual e isso tem de ser preservado.”

(Com agência Estado)

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