Justiça adia para novembro depoimento dos réus
Os cinco envolvidos seriam ouvidos nesta quinta-feira. A promotoria do caso pede a quebra do sigilo telefônico
A Justiça Federal adiou para 12 novembro o depoimento dos cinco réus envolvidos no vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Eles seriam ouvidos nesta quinta-feira. A decisão foi tomada durante a audiência da quarta-feira, quando cinco testemunhas da defesa foram ouvidas.
O adiamento foi pedido pelos advogados dos réus após a promotoria solicitar a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos. No processo, Gregory Camillo Oliveira Craid, Luciano Rodrigues, Felipe Pradella, Marcelo Sena Freitas e Filipe Ribeiro Barbosa, são acusados pelos crimes de violação de sigilo funcional e corrupção passiva.
Caso sejam condenados, os acusados podem pegar pena de dois a seis anos de prisão por violação de sigilo funcional e de dois a doze anos de prisão por corrupção passiva.
O Ministério Público Federal informou que não vai comentar o adiamento da audiência e suas causas. Segundo o órgão, ele não pode se manifestar sobre “provas em produção”, ou seja depoimentos, audiências e solicitação de informações. O caso corre em segredo de justiça.
Histórico – O Enem 2009 foi cancelado a menos de uma semana de sua realização após denúncia de que a prova havia sido furtada da gráfica Plural, responsável pela impressão do exame. O exame foi adiado, prejudicando cerca de 4 milhões de candidatos.
Entre os acusados, Felipe Pradella, Marcelo Sena Freitas e Felipe Ribeiro Barbosa eram funcionários temporários da Cetros – integrante do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção, que organiza o Enem – e trabalhavam na Plural na época do furto. Gregory Camillo Oliveira Craid, DJ, e Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria, agiram como intermediários na tentativa de venda da prova para o jornal O Estado de S.Paulo.
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