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Governo fará ligação entre bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras e empresas

Objetivo é encontrar postos de trabalho a estudantes que retornam ao país

Por Da Redação
26 dez 2012, 08h47

O governo federal passará a intermediar, a partir de 2013, o contato dos brasileiros que estudam em universidades estrangeiras com bolsas mantidas pelo programa Ciência Sem Fronteiras com empresas que atuam no Brasil. O objetivo é encaminhar bolsistas que retornam ao país os alunos a posições de trabalho e pesquisa naquelas companhias.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já tem uma estrutura pronta, em São Paulo, para receber os estudantes que foram fazer cursos de graduação e pós-graduação no exterior e vão voltar ao Brasil. O objetivo é aproximar os pesquisadores das empresas, de forma a levá-los para o “canteiro de obras”.

A primeira leva de estudantes “intermediados” pelo governo federal voltará no início do ano que vem ao país e já tem emprego garantido. Dez alunos de engenharia que foram para os Estados Unidos concluir doutorado em 2012 serão contratados pela General Eletric (GE) no Brasil. O presidente da GE comunicou oficialmente o governo federal sobre as contratações.

“Não existe país que tenha se desenvolvido sem uma classe forte de engenheiros, e isso nós não temos aqui no Brasil. Precisamos direcionar esses estudantes para as empresas no país”, disse o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, responsável pela iniciativa. O CNPq é vinculado ao ministério.

Segundo o ministro, o governo federal está fazendo um “enorme esforço” para fixar no Brasil os estudantes de ciências médicas, biológicas e naturais. Para Raupp, o programa Ciência Sem Fronteiras, lançado em 2011, “pode ajudar a dar uma visão internacional para os pesquisadores brasileiros, algo importante para um país que viveu décadas fechado”, disse.

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Para João Saboia, professor de economia da UFRJ e especialista em mercado de trabalho, o plano do governo é interessante, uma vez que aumentará a qualificação dos trabalhadores no país. “É um desafio dirigir o estudante que volta do exterior para o mercado de trabalho. Seria uma pena perdermos essa força de trabalho qualificada, especialmente em um momento em que as empresas estão demandando muito, oferecendo bons salários”, disse Saboia.

Para o especialista da UFRJ, o grande desafio do governo será direcionar um contingente tão grande de estudantes para o mercado. A meta do Ciência Sem Fronteiras é conceder entre 2011 e 2014 bolsas de estudos no exterior de até três anos para 101.000 estudantes de graduação, mestrado e doutorado, em áreas consideradas estratégicas.

(Com Estadão Conteúdo)

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