O que era a promessa de acabar com o vestibular no país foi parar nas salas da Polícia Federal. O vazamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outubro, denunciado às vésperas da sua realização, enfraqueceu uma prova inovadora que seria feita por 4,1 milhões de estudantes. Apesar da mudança radical no esquema de segurança, os mesmos jovens chegam neste fim de semana para fazer o Enem enumerando os prejuízos do adiamento.
A prova começa neste sábado às 13h, com questões de ciências da natureza e ciências humanas. No domingo, serão as áreas de linguagem, matemática e redação. São 180 questões nos dois dias, que servirão como seleção para 25 universidades federais – elas deixaram de fazer vestibulares para usar apenas o Enem. Em São Paulo, no entanto, o incidente fez com que os dois exames mais importantes, da USP e da Unicamp, desistissem de computar a nota da prova do Ministério da Educação. O Enem significava 20% da primeira fase nas duas instituições.
Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelo Enem, acredita que as faltas devem continuar como em outros anos (por volta de 20%). “Não vai acabar com o Enem porque a USP não entrou.” Para ele, muitos alunos estão interessados em conseguir as bolsas do ProUni cuja seleção é também pelo Enem.
(Com Agência Estado)