Dois anos depois do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), em 18 de maio de 2011, a iluminação prometida para o campus da instituição, localizado na Zona Oeste da capital paulista, ainda não saiu do papel. A criação de um fórum para discussões sobre a segurança da universidade – outra promessa da reitoria na ocasião do crime – também não se concretizou.
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Na noite de segunda-feira, estudantes da FEA apagaram todas as luzes da faculdade em um ato de homenagem a Paiva e também de protesto contra a criminalidade no campus. Eles alegam que o convênio da USP com a Polícia Militar, assinado em setembro de 2011, não foi suficiente para alterar a sensação de insegurança. Alunos organizam um fórum para o dia 6 de junho para debater o tema.
O sistema de iluminação da USP segue sem previsão de instalação. O edital foi cancelado três vezes pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por indícios de favorecimento. Após novo edital, a USP homologou como vencedora a mesma empresa apontada pelo órgão como favorecida anteriormente. Isso fez com que uma das concorrentes entrasse na Justiça contra a decisão. Há ainda um recurso interno da universidade aguardando resposta da reitoria.
Procurada, a assessoria de imprensa da USP informou apenas que as obras devem começar “em breve”.
(Com Estadão Conteúdo)