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Carreira mais procurada do Sisu prepara futuros servidores

Curso de tecnologia em gestão pública, do IFB, teve mais de 12.000 candidatos para 45 vagas. Parte deles pode estar enganada sobre objetivo da carreira

Por Lecticia Maggi
16 jan 2013, 12h33
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  • À frente de carreiras tradicionais como medicina, engenharia e direito, o curso de tecnologia em gestão pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) foi o o mais procurado no Sistema de Seleção Unificado (Sisu) encerrado na última sexta-feira. Segundo dados oficiais, 12.221 candidatos se inscreveram para disputar apenas 45 vagas – o que significa uma concorrência de 271 estudantes por vaga. O curioso é que não se trata de um curso de longa tradição, como é comum nos casos dos mais procurados: ele foi criado no segundo semestre de 2012. Para o coordenador do curso, Ailton Bispo, a corrida pela carreira de tecnologia em gestão pública é motivada por outra razão: “Os jovens sonham em ingressar na carreira pública”, diz.

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    Com três anos de duração, totalizando 2.500 horas de aula, o curso abrange desde disciplinas tradicionais, como fundamentos de administração e sociologia, a disciplinas mais técnicas, como orçamento público, leitura e produção de textos oficiais e licitação e contratos. O currículo possui também várias disciplinas na área de gestão: ambiental, social, de pessoas e de patrimônio. “O estudante aprende a planejar, desenvolver e avaliar políticas públicas”, afirma Bispo.

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    Por se tratar de um curso de ensino superior tecnológico, é mais voltado à preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, e menos para a área acadêmica. “Ainda que todos os nossos professores sejam pós-graduados, mestres ou doutores, eles continuam exercendo funções públicas e exemplificam as aulas com questões que vivenciam no dia a dia de trabalho”, diz o coordenador.

    Paloma Aáker
    Paloma Aáker (VEJA)

    O campo profissional dos formados em gestão pública não se restringe à atuação em órgãos federais, estaduais e municipais. ONGs e instituições privadas são outros mercados em potencial. Contudo, é mesmo para a área pública que estão voltadas as atenções dos alunos.

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    O coordenador do curso afirma, no entanto, que há certa confusão na cabeça de alguns candidatos e até mesmo alunos do curso. Segundo Bispo, muitos estudantes da primeira turma se decepcionaram ao constatar que o curso não tem como objetivo preparar para as provas de concursos públicos. Assim, dos 45 calouros de 2012, apenas 14 continuam matriculados na instituição. “Eles tinham a ilusão de que fariam um curso rápido, complementar, mas desistiram diante das exigências. Nosso objetivo não é preparar candidatos para exames, mas formar gestores”, diz.

    Não falta, porém, quem procure unir as duas ambições no IFB. É o caso da estudante Paloma Aáker, de 23 anos. Ela conta que sequer conhecia a fundo a grade curricular do curso, mas foi atraída pela possibilidade de trabalhar na área pública. “Busco estabilidade e um bom salário”, afirma. Bruna Martins Benevides, de 26 anos, tem objetivo semelhante: “Já me imagino atuando em algum ministério”, diz. “Para chegar lá, porém, sei que tenho que estudar muito, pois a concorrência é grande”.

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