Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Brasil tem só 4 universidades em ranking de emergentes

China lidera lista inédita da publicação britânica "Times Higher Education"

Por Victor Bonini
4 dez 2013, 18h01

Apenas quatro universidades brasileiras integram a lista das cem melhores instituições de nível superior de países emergentes, segundo ranking inédito da publicação britânica Times Higher Education (THE), que realiza também o mais respeitado levantamento acadêmico do mundo. O estudo Brics & Emerging Economies Rankings 2014 analisou indicadores de universidades de 22 nações, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Leia também:

USP cai em ranking e Brasil deixa elite universitária global

Unicamp é única brasileira no mais respeitado ranking de “universidades jovens”

Avanço do Brasil na educação perde fôlego, revela o Pisa

Pisa 2012: Cazaquistão e Albânia crescem mais que Brasil

Continua após a publicidade

Entre as brasileiras, figuram na lista a Universidade de São Paulo (USP), em 11º lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 24º, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 60º, e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em 87º.

A China foi o grande destaque do levantamento: 23 das cem melhores universidades estão localizadas em seu território. Além disso, o gigante asiático é o país que detém as duas primeiras posições na lista, com a Universidade de Pequim, no topo, e a Universidade Tsinghua, em seguida. Confira o ranking completo na lista abaixo.

Taiwan aparece em segundo lugar no ranking de nações, com 21 instituições, seguida pela Índia, com dez. Somadas as instituições de China, Índia e Taiwan, o grupo de nações asiáticas é responsável por mais da metade da lista, com 54 universidades. Outras dezesseis instituições estão no continente.

Entre os Brics, o Brasil só supera a Rússia em número de universidades no ranking. Os russos possuem apenas duas representantes. Mas o estudo faz uma ressalva acerca do desempenho do país europeu: “Essa baixa representação é parcialmente explicada pelo fato de algumas das mais fortes instituições da Rússia serem especializadas demais para serem incluídas: por exemplo, o Instituto de Física e Tecnologia de Moscou e o Instituto Estadual de Engenharia Física de Moscou estão entre as cem melhores do mundo em ciências físicas, mas não podem ser incluídas na lista dos Brics.”

O editor de rankings da THE, Phil Baty, diz que o Brasil possui poucas instituições no ranking devido a falhas na condução das universidades. “Na China, há um estímulo forte para que os estudantes publiquem suas pesquisas em inglês, o que facilita sua divulgação em todo o mundo. Isso consolida a reputação do país e encoraja instituições de ponta a trabalhar com cientistas chineses”, diz Baty.

Continua após a publicidade

A burocracia brasileira é outro obstáculo, segundo o editor. Enquanto as universidades líderes se esforçam para atrair os melhores professores do mundo, o sistema brasileiro dificulta a contratação de docentes estrangeiros e, quando o faz, oferece salários mais baixos do que os pagos por instituições estrangeiras. “O Brasil também precisa investir mais para construir uma infraestrutura sustentável de pesquisa”, diz.

Para a elaboração do ranking são analisados os seguintes indicadores de cada instituição: volume de pesquisas e citações em publicações especializadas, qualidade do ensino, titulação do corpo docente, prêmios, grau de internacionalização (quantidade de alunos estrangeiros) e inovação.

Leia também:

Brasil decepciona em ranking de investimento em pesquisa ​

Conheça as universidades que formam os CEOs que atuam nas 500 maiores empresas do planeta

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.