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País tem dia de protestos contra cortes na educação; veja como foi

Segundo organizadores, 1,5 milhão de pessoas participaram de atos nos 26 estados e no DF; enquanto protestos ocorriam, ministro era sabatinado na Câmara

Por Da Redação
Atualizado em 16 Maio 2019, 16h38 - Publicado em 15 Maio 2019, 17h22
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  • Estudantes e professores de escolas e universidades públicas e particulares, além de movimentos sociais, protestaram nesta quarta-feira, 15, contra cortes nas verbas da educação promovidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo as entidades, manifestações aconteceram nos 26 estados e no Distrito Federal, em diferentes proporções. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), que convocou os atos, 1,5 milhão de pessoas foram aos protestos. Novas manifestações devem ocorrer em 30 de maio.

    Enquanto os protestos aconteciam país afora, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, era sabatinado sobre os cortes no plenário da Câmara dos Deputados, onde ele passou das 15h às 21h. Respondendo a perguntas de deputados, ele voltou a dizer que o governo tem como prioridade investir em educação básica e ensino técnico e alegou que não há corte, mas contingenciamento, de cerca de 30% na verba discricionária das universidades (em torno de 3,5% do total). O ministro afirmou diversas vezes podem favorecer o descontingenciamento dos recursos a aprovação da reforma da Previdência e a recuperação de valores desviados da Petrobras.

    No final de sua participação, Weintraub disse concordar com a declaração do presidente Jair Bolsonaro, em viagem aos Estados Unidos, de que os manifestantes são “idiotas úteis” e “massa de manobra” de grupos políticos opostos ao seu governo.

    Veja como foi o dia de protestos contra cortes na educação:

    21:00 – Sessão na Câmara é encerrada


    20:55 – Weintraub concorda com Bolsonaro sobre ‘idiotas úteis’

    Indagado pelo deputado Professor Israel Batista (PV-DF), o ministro da Educação disse que concorda com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que os manifestantes que foram às ruas protestar contra os cortes no orçamento da Educação são “idiotas úteis” e “massa de manobra”. Para Abraham Weintraub, “todo ministro, todo mundo está debaixo de um presidente tem que seguir a linha que o presidente fala”.

    “O dia que eu não concordar com o presidente, abertamente não concordar, eu tenho que renunciar. Eu nunca vou chegar aqui em público e vou discordar do presidente, você discorda, eventualmente, internamente. Concordo com a declaração dele, o dia que eu não concordar, estou fora”, declarou Weintraub.

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    20:45 – Novos protestos

    A União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou novas manifestações contra o contingenciamento no orçamento da Educação para o dia 30 de maio.


    20:35 – Fogo em ônibus no Rio

    Após o fim da manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro no Centro do Rio de Janeiro, um grupo de pessoas mascaradas entrou em confronto com a Polícia Militar. Os policiais reagiram com bombas de gás e houve correria ao redor da Praça da República e ao longo da avenida Presidente Vargas. Os confrontos continuavam às 19h50.

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    Na esquina da Presidente Vargas com a Avenida Passos, manifestantes atiraram pedras e coqueteis molotov em um ônibus, que pegou fogo.

    (com Estadão Conteúdo)

    Protesto contra corte de verbas em universidades


    20:06 – Reação bolsonarista no Twitter

    Depois do predomínio de postagens favoráveis à paralisação da Educação no Twitter, bolsonaristas reagiram na rede social e colocaram a hashtag #BrasilComWeintraub entre os assuntos mais comentados do mundo no início da noite. Hashtags endossando os protestos, como #TodosPelaEducação e #NaRuaPelaEducação, continuam entre os Trending Topics do Twitter.

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    TTs
    (Reprodução/Twitter)

    19:35 – Tábata versus Weintraub

    Ao se dirigir a Abraham Weintraub, a deputada federal Tábata Amaral (PDT-SP) acusou o ministro de “manipular dados” e de se apresentar à Câmara “sem nenhum critério técnico”. A deputada de 25 anos ganhou notoriedade em março, quando interpelou o ex-ministro Vélez Rodríguez em uma sessão da Comissão de Educação da Casa.

    “O senhor não poder vir aqui dessa maneira, sem nenhum critério técnico, baseado em ideologia, travar essa guerra ideológica, essa cruzada contra o que o governo chama de marxismo cultural, que não existe. O senhor herdou um ministério com três meses e meio de atraso, polêmica, desmando, paralisia, não há tempo. Tem que falar de Enem, Fundeb, formação de professores”. A pedetista ainda rebateu a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre os manifestantes que foram às ruas hoje: “não somos idiotas úteis”.

    Ao responder à parlamentar, o ministro da Educação declarou que a pasta a convidou três vezes para reuniões nos últimos 40 dias, mas ela não compareceu. “Isso está documentado, mas, ao contrário de Pedro, provavelmente ela não vai admitir que negou”, disse Weintraub, em referência à passagem bíblica segundo a qual o apóstolo negou Jesus Cristo três vezes.

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    Mais tarde, o deputado Bacelar (PODE-BA) declarou que Tábata Amaral informou que nunca foi chamada para audiências no MEC e que Abraham Weintraub mentiu. Weintraub rebateu e pediu à sua assessoria para mostrar os convites. “A senhorita é muito bem-vinda ao MEC”.


    19:25 – Parte dos manifestantes em São Paulo chegou à Assembleia Legislativa do estado (Alesp). Em meios aos gritos de “vamos invadir”, o deputado estadual Arthur Mamãe Falei (DEM), conhecido por ironizar manifestantes em protestos de esquerda, saiu do prédio e discutiu com alguns deles.

    Protesto contra corte de verbas em universidades


    19:20 – A ligação de Bolsonaro

    Questionado pelo deputado Capitão Wagner (PROS-CE) sobre a ligação em que Jair Bolsonaro teria ordenado a Abraham Weintraub que recuasse nos cortes no orçamento da Educação, nesta terça-feira, o ministro confirmou ter conversado com o presidente e explicado a ele que “não está havendo corte algum, o que há é contingenciamento”. Assim, Bolsonaro teria concordado em manter a posição.. Deputados que estavam reunidos com o presidente no momento da ligação, entre os quais Wagner, relataram a ordem, mas o governo negou que ela tenha existido.

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    Orientado a ler a obra do educador Paulo Freire por um dos deputados, Weintraub rebateu: “já li e não gostei”. Em outro momento, falou sobre seu antecessor no ministério, Ricardo Vélez Rodríguez: “Vélez é muito gentil e muito amável, mas ele não tem experiencia em gestão e eu tenho um pouquinho de couro mais grosso”.


    18:12 – MBL diz que esquerda fez a maior manifestação em anos

    Um dos articuladores do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) criticou o “papo de balbúrdia” do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e afirmou que a esquerda fez “a maior manifestação em anos”.

    “O resultado [dos cortes na educação] é esse. A esquerda não tem isso de militância, mas fizeram a maior manifestação em anos mesmo sem imposto sindical, patrocínio a MST, etc. O governo não pode continuar errando na política como está fazendo hoje”, diz uma publicação no Twitter.


    18:00 – O ministro do xote

    Depois de Abraham Weintraub dizer que tem raízes familiares no Ceará, o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), ex-secretário de Educação do estado, disse estar “preocupado” com o lado cearense do ministro. “O senhor não está honrando esse sangue cearense. Para de falar em corte, o senhor quem que buscar mais recurso, eu quando era secretário fazia isso todo dia, mas o senhor é o primeiro a defender os cortes”, advertiu Alencar.

    Na resposta, Weintraub falou de seu parentesco com o fundador de Santa Quitéria (CE) e com o primeiro professor a dar aulas em Sobral (CE) e citou outra prova inequívoca de sua ascendência cearense: saber tocar um xote. “Eu duvido que alguém toque xote que nem eu toco. Pra tocar um xote que nem eu toco tem que ter um pé no Ceará ou não? Então esse papo ‘você não merece ser cearense’, pelo amor de Deus…”, rebateu.


    17:33 – Salário mínimo por boa nota no Enem

    Abraham Weintraub disse aos deputados que pretende apresentar ao Congresso um projeto que prevê o pagamento de um salário mínimo por mês a alunos que tirem notas altas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sejam aprovados em universidades e queiram se tornar professores do ensino fundamental.


    17:29 – Panelas

    Reportagem de VEJA na avenida Paulista flagrou alguns moradores da região batendo panelas, gesto clássico de protesto contra grupos e movimentos de esquerda. Segundo os organizadores, o ato na avenida reúne 150.000 pessoas. Candidato à Presidência da República nas últimas eleições, Fernando Haddad (PT) discursou.

    Manifestante bate panela em resposta à protesto contra os cortes de verbas para a educação
    Manifestante bate panela em prédio da Avenida Paulista em resposta à protesto contra os cortes de verbas para a educação (Heitor Feitosa/VEJA)

    17:18 – Onyx sobre os cortes: ‘Ninguém sabe qual é o dia de amanhã’

    O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), usou um conselho de seus avós italianos para justificar porque o governo Bolsonaro adotou um contingenciamento nas verbas para as universidades federais. “Ninguém sabe qual é o dia de amanhã”, afirmou.

    Para Onyx, “contingenciamento é o governo ser prudente”. “Temos que guardar um pouco a cada dia para caso precisar amanhã”, completou. O chefe da Casa Civil ainda afirmou que a mensagem do governo “foi mal compreendida”. “O governo tem prudência, equilíbrio e parcimônia”.


    17:10 – ‘Militantezinhos’

    O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara, questionou Weintraub sobre qual foi o critério utilizado pelo governo Bolsonaro e pelo Ministério da Educação (MEC) para definir o corte de verbas. “Foi aquele baseado na fala do presidente de que cortaria verbas de universidades que formam ‘militantezinhos’?”, disse Molon.

    Em resposta, o ministro argumentou que a verba do Ministério da Educação (MEC) ainda foi contingenciada abaixo da meta. “Se não me engano, [o Ministério da] Infraestrutura foi contingenciado em 80%”, disse. Weintraub também chamou de “desonestidade intelectual” as acusações de que a pasta foi a mais afetada pelos cortes.


    16:44 – Troca de farpas

    Uma das responsáveis por questionar Weintraub na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) resolveu tocar em uma ferida do passado recente do ministro. Ela questionou se é verdade que Weintraub disse que “comunistas devem levar bala na cabeça”. Queria saber do senhor, ministro, se o senhor confirma que disse que comunistas merecem tomar bala na cabeça. Eu tô aqui, ministro, eu sou comunista. O senhor confirma essa afirmação?”, questionou. O titular da Educação não respondeu.


    16:41 – Protesto na Paulista terá como destino a Alesp

    Protesto iniciado na avenida Paulista, em São Paulo, terá como destino final a sede da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Manifestantes pretendem fechar outra via importante da capital, a avenida Brigadeiro Luís Antônio, no caminho. Na Alesp, a maior bancada é a do PSL, do presidente Jair Bolsonaro. A casa é presidida por Cauê Macris, do PSDB do governador João Doria.


    16:30 – Weintraub diz que Lula é ‘amigo dos banqueiros’ e provoca tumulto

    Um tumulto começou na sabatina em que deputados federais questionam o ministro Abraham Weintraub. Ao responder sobre o tema, Weintraub atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembrando um episódio de 2014, em que analistas do banco Santander foram demitidos após uma análise contrária a Dilma Rousseff ter sido enviada a acionistas.

    “O amigo do banqueiro, que tem o telefone pessoal do dono mundial do Santander, é o Lula”, disse. A fala caiu como um efervescente na oposição, que começou a gritar “demissão”, em pedidos pela dispensa do ministro. Coube ao presidente em exercício da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), intervir e pedir calma aos envolvidos.


    16:16

    OUÇA OS PODCASTS DE VEJA

    Já ouviu o podcast “Funcionário da Semana”, que conta a trajetória de autoridades brasileiras? Dê “play” abaixo para ouvir a história, os atos e as polêmicas do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Confira também os outros episódios aqui.


    16:07 – Weintraub lembra governos Dilma e Temer

    Questionado pelo autor do requerimento de convocação, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), sobre o contingenciamento de 30% nas despesas de custeio das universidades federais, Weintraub rebateu e afirmou que o governo Bolsonaro não é responsável pelo congelamento nos recursos, mas sim os governos Dilma Rousseff e Michel Temer, quando o país passou por recessão.

    O ministro ponderou que, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, contingenciamentos de recursos devem ser feitos “toda vez que a receita não corresponde ao que foi orçado no ano anterior pelo Congresso Nacional”. “A recuperação econômica vai gerar receita, essa receita vai ser colocada para os gastos em educação”, disse ele, que voltou a pregar a aprovação da reforma da Previdência como ponto de partida para o ajuste fiscal.

    “Não somos responsáveis pelo contingenciamento atual, o orçamento atual foi feito pelo governo eleito de Dilma Rousseff e do senhor Michel Temer, que era vice, nós não votamos neles, então nós não somos responsáveis pelo contingenciamento atual. Nós não somos responsáveis, absolutamente, pelo desastre da educação básica brasileira. O sonho de consumo de um brasileiro hoje é colocar os filhos na escola privada, e não na pública, e isso é muito mal. Isso foi feito ao longo de 20 anos e nós não participamos disso”, declarou.

    Abraham Weintraub
    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, discursa no plenário da Câmara dos Deputados, para explicar os cortes de verbas nas universidades federais – 15/05/2019 (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

    16:03 – Produtividade

    O ministro disse que o ensino profissionalizante “gera riquezas” à sociedade e que o impacto da produção científica deve ser considerado para a concessão de bolsas de estudo no ensino superior – que, ressaltou, é o único nível da educação brasileira que tem padrões satisfatórios. “Quem produz recebe, quem não produz, não recebe”, afirmou Weintraub.”Não estou querendo diminuir o ensino superior, o que a gente se propõe é cumprir com o plano de governo apresentado à população na campanha. A prioridade é pré-escola, ensino fundamental e ensino técnico. Mantendo a atual estrutura das universidades, mas mudando a estratégia”, declarou.


    15:53 – ‘Nação de cientistas’

    Em relação ao ensino profissionalizante, Abraham Weintraub comparou os 8% de vagas no ensino médio brasileiro destinadas ao ensino técnico, contra 31% no Chile, 53% no Reino Unido, 44% na França, 45% na Alemanha, 55% na Alemanha e 18% na Coreia do Sul. Sobre o país asiático, cujos números são os mais próximos aos do Brasil, Weintraub afirmou que os coreanos já passaram da fase do ensino técnico para a do ensino superior.

    “A Coreia dos Sul, em três gerações, saiu de uma sociedade pobre, pior que a brasileira em termos de renda, e se transformou em uma nação de cientistas. Mas eles construíram a casa como se deve, primeiro a fundação, depois as paredes, depois o telhado e o acabamento ficou por último, eles investiram na base fizeram ensino técnico, e agora os técnicos são engenheiros, é uma sociedade de engenheiros”, afirmou.


    15:50 – Fla x Flu

    Ao final de sua fala inicial, o ministro Abraham Weintraub foi aplaudido pelos deputados governistas. Como em jogo de futebol, no plenário da Câmara o jogo também é de duas torcidas: ao mesmo tempo que parte aplaudia, a oposição vaiava Weintraub.


    15:48 – Força-tarefa

    Na coluna Radar – O Ministério Público Federal aderiu às manifestações contra os cortes na educação promovidos por Jair Bolsonaro. O órgão iniciou nesta quarta-feira, 15, dia marcado para protestos, o que chama de “Dia D em Defesa da Educação”.

    Os procuradores de 21 estados instauraram procedimentos que vão apurar os impactos dos cortes. Reitores de trinta instituições devem informar que impactos os cortes orçamentários tiveram até agora.


    15:40 – Em Salvador, organização estima adesão em 50 mil pessoas

    Em Salvador, as aulas foram suspensas em diversas escolas e universidades. A organização estima que cerca de 50.000 pessoas participaram do protesto, enquanto a Polícia Militar não fez estimativa. Em um dos trios, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) avaliou o protesto como “um basta aos absurdos praticados pelo governo Bolsonaro”.

    Declaração semelhante foi dada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Cedro Silva, que declarou: “Mexeu com a juventude, ela está na rua e vai derrubar esse governo”.

    Protestos contra cortes na Educação em Salvador (BA)
    Protesto contra cortes na Educação, na Praça do Campo Grande, em Salvador (BA) – 15/05/2019 (Romildo de Jesus/Futura Press/Folhapress)

    (Com Estadão Conteúdo)


    15:34 – Filme repetido

    A apresentação de Weintraub na Câmara repete a já feita por ele na Comissão de Educação do Senado na semana passada. O ministro ainda não falou sobre os cortes nos orçamentos das universidades nem sobre as greves e protestos de estudantes e professores desta quarta-feira, 15.


    15:30 – Método e técnica

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou durante audiência na Câmara dos Deputados que falhas na alfabetização desaguam em mau desempenho de alunos no Ensino Médio e no ensino técnico e aprofundam disparidades de renda.

    “A forma como vai alfabetizar tem que ter método e técnica”, diz o ministro da Educação. Ele declarou aos deputados que o MEC “não quer fazer nada sozinho” nesse aspecto e deve dar “orientação, recursos e acompanhamento a estados e municípios”, responsáveis por pré-escolas, Ensino Fundamental e Ensino Médio no país.


    15:27 – Bombas de gás no RS

    A Brigada Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. A polícia resolveu intervir após estudantes bloquearem uma rua. Não há relatos de pessoas feridas.

    Estudantes
    Ato público em defesa da educação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, no Campus Porto Alegre (RS) -15/05/2019 (Alexandre Adair/Raw Image/Estadão Conteúdo)

    (Com Estadão Conteúdo)


    15:21 – ‘Ondas de fracasso’

    No início de sua participação no plenário da Câmara, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, enumera em uma apresentação de slides dados que apontam para a necessidade de investimentos em pré-escola e ensino básico, eleitas como prioridade pelo governo Bolsonaro.

    Weintraub citou “ondas de fracasso” nas escolas públicas e afirmou que a “forma como a gente está ensinando as crianças, sem dar creche e pré-escola, aumenta a disparidade no país”. O ministro terá trinta minutos sem interrupções em sua explanação inicial. Depois passará a responder questões de deputados.

    Abraham Weintraub
    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, discursa no plenário da Câmara dos Deputados, para explicar os cortes de verbas nas universidades federais – 15/05/2019 (YouTube/Reprodução)

    15:19 – Tradição não ajuda

    Na coluna Radar – O ministro Abraham Weintraub foi convocado pelos deputados para explicar os cortes na Educação em plenário. Para além da derrota do governo, a tradição não ajuda. O último ministro da Educação convocado no mesmo modelo pela Câmara – Cid Gomes, do PDT, durante o governo Dilma Rousseff (PT) – deixou o plenário demitido.


    15:14 – Avenida Paulista fechada

    A Avenida Paulista, principal via da cidade de São Paulo, está fechada nos dois sentidos. Manifestantes protestam, como nos demais estados brasileiros, contra os cortes na educação. Pela manhã, um outro ato, menor, foi realizado em frente à entrada da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, na Zona Oeste. Estudantes e professores da USP, que é estadual, alegam que a universidade foi prejudicada pela redução dos investimentos em bolsas de pesquisa e pós-graduação.

    Protestos contra cortes na Educação – São Paulo
    Protesto contra cortes na Educação é realizado na Avenida Paulista, em São Paulo (SP) – 15/05/2019 (Danilo M Yoshioka/Futura Press/Folhapress)

    15:10 – Aberta sessão para ouvir Weintraub

    O primeiro vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), abriu a sessão por volta das 15 horas desta quarta-feira. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem trinta minutos para fazer suas exposições iniciais. Depois, falarão o autor do requerimento, Orlando Silva Júnior (PCdoB-SP), e os demais parlamentares inscritos.


    14:53 – Tensão em Brasília

    Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, estudantes que protestavam contra o corte nas verbas para a educação tiveram de correr após a ação das forças policiais para reabrir o trânsito para a passagem de carros.


    14:42 – Trending topics

    Os protestos contra os cortes na educação estão entre os temas mais comentados do Twitter, os trending topics, nesta quarta-feira. Nas três primeiras posições estão as hashtags da mobilização: #TsunamiDaEducação, #NaRuaPelaEducação e #todospelaeducação.

    trending
    Trending topics do Twitter Brasil nesta quarta-feira, 15/05/2019 (Twitter/Reprodução)

    14:26 – Sabatina

    A princípio, Abraham Weintraub iria à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 15, como convidado a falar na Comissão de Educação. Descontentes com o governo, deputados do chamado Centrão se associaram aos parlamentares da oposição e aprovaram uma convocação para que ele falasse em plenário. Com a mudança, o ministro precisará prestar esclarecimentos aos 513 deputados. A sessão está prevista para as 15 horas.


    14:17 – Protestos pelo país

    14:14 – Bolsonaro chama manifestantes contra cortes na educação de ‘idiotas úteis’

    O presidente Jair Bolsonaro chamou de “idiotas úteis” e “massa de manobra” manifestantes que organizam nesta quarta-feira, 15, uma série de protestos no Brasil contra os cortes do governo na educação básica e no ensino superior.

    Em sua chegada ao hotel em que está hospedado em Dallas, no Texas, Bolsonaro afirmou ver os protestos como algo “natural” e disse que “a maioria ali (na manifestação) é militante”.

    Presidente Bolsonaro é recebido em Dallas
    Presidente Bolsonaro é recebido por apoiadores em Dallas nos Estados Unidos (//VEJA)
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