Abstenção do Enem custa R$ 90,4 milhões ao governo
Ministério da Educação solicita estudo para determinar perfil dos faltosos. Objetivo é criar medidas que reduzam taxa de abstenção, que atingiu 27,9%
Por Da Redação
6 nov 2012, 09h53
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1/70 Estudantes realizam o Enem (Exame Nacional de Ensino (Paulo Libert/AE/VEJA/VEJA)
2/70 Passeata dos estudantes contra a desorganização na prova do Enem (Paulo Araúj/Agência O Dia/VEJA/VEJA)
3/70 Candidatos aguardam em fila para ingresso em local de exame do Enem (Douglas Magno/Futura Press/VEJA/VEJA)
4/70 Candidatos conferem informações em cartão de confirmação do Enem (Douglas Magno/Futura Press/VEJA/VEJA)
5/70 Estudantes realizam o Exame Nacional de Ensino (Enem) (Paulo Libert/AE/VEJA/VEJA)
6/70 Estudantes durante prova do Enem (Paulo Libert/AE/VEJA/VEJA)
7/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Escola Estadual Central, em Belo Horizonte (Douglas Magno/O Tempo/VEJA/VEJA)
8/70 Candidatos do Enem realizam passeata pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Revoltados com as notas da redação do Enem 2012 (Marcos De Paula/AE/VEJA/VEJA)
9/70 Candidatos do Enem realizam passeata pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Revoltados com as notas da redação do Enem 2012 (Marcos De Paula/AE/VEJA/VEJA)
10/70 Candidatos do Enem realizam passeata pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Revoltados com as notas da redação do Enem 2012 (Marcos De Paula/AE/VEJA/VEJA)
11/70 Estudantes antes do segundo dia de provas do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
12/70 Estudantes atrasados no segundo dia de provas do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
13/70 Estudante atrasado no segundo dia de provas do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
14/70 Estudantes no segundo dia de provas do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
15/70 Estudantes no segundo dia de provas do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
16/70 Estudante Jorge Yoshio, de 17 anos, antes do segundo dia de provas do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
17/70 Estudantes antes do segundo dia de provas do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
18/70 Estudantes concentrados, antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
19/70 Estudante atrasado no primeiro dia de provas do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
20/70 Amanda Freitas, 18 anos, que ficou para fora da prova do Enem, na UERJ (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
21/70 Amanda Freitas, 18 anos, que ficou para fora da prova do Enem, na UERJ (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
22/70 Estudante chegou atrasado e perdeu a prova do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
23/70 Estudante chegou atrasado e perdeu a prova do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
24/70 Estudante Katherine Ferraz chegou atrasada e perdeu a prova do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
25/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
26/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
27/70 Entrada de estudantes nos últimos instantes antes do fechamento dos portões do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
28/70 Estudantes se apressam nos últimos instantes antes do fechamento dos portões do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
29/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em Brasília (Wilson Dias/ABr/VEJA/VEJA)
30/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
31/70 Estudante antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
32/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
33/70 Estudantes se apressam nos últimos instantes antes do fechamento dos portões do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
34/70 Entrada de estudantes nos últimos instantes antes do fechamento dos portões do Enem na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
35/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
36/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
37/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
38/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
39/70 Casal de namorados antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
40/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em Brasília (Wilson Dias/ABr/VEJA/VEJA)
41/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
42/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em Brasília (Wilson Dias/ABr/VEJA/VEJA)
43/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
44/70 Estudante antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
45/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
46/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
47/70 Estudante antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
48/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
49/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Escola Estadual Central, em Belo Horizonte (Douglas Magno/O Tempo/VEJA/VEJA)
50/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
51/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
52/70 Estudantes aguardam o início da prova do Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
53/70 Estudante antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
54/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
55/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Escola Estadual Central, em Belo Horizonte (Luiz Costa/Jornal Hoje em Dia/VEJA/VEJA)
56/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
57/70 Estudantes aguardam o início da prova do Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
58/70 Estudantes aguardam o início da prova do Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
59/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
60/70 Marcello Martins Rochael, 43 anos, aguarda o início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
61/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
62/70 Estudantes aguardam o início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
63/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
64/70 Estudante antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Mcihael/VEJA/VEJA)
65/70 Leonardo Gabriel Da Silva aguarda o início da prova do Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
66/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
67/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
68/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na Uninove, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
69/70 Estudantes aguardam o início da prova do Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM) na faculdade Uninove, em São Paulo (Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA/VEJA)
70/70 Estudantes antes do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na UERJ, no Rio de Janeiro (Marcos Michael/VEJA/VEJA)
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012 teve um índice de abstenção de 27,9%, muito superior ao de vestibulares tradicionais, em que a taxa não costuma passar de 9%. O custo com os faltosos foi de 90,4 milhões de reais aos cofres públicos. O índice, similar ao de edições passadas da prova, levou o Ministério da Educação (MEC) a pensar em formas de tentar reduzir o número de candidatos que se inscrevem, mas faltam à prova.
O estudo foi um pedido pessoal do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao professor Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão que organiza o Enem. A análise deve ficar pronta em 20 dias. “O ministro atentou para esse problema e já estamos produzindo o estudo. Tenho convicção de que é possível construir uma política para reduzir esses índices”, disse Costa.
O órgão quer entender exatamente o perfil dos faltosos, cujo número chegou a 1,6 milhão no exame do fim de semana passado. O Inep quer identificar se existe variação da abstenção por região e idade e também se há predominância dos candidatos isentos ou treineiros. Neste ano, 70% dos 5,7 milhões de inscritos não pagaram a taxa de inscrição. São alunos de escola pública ou que pediram isenção por carência.
O custo por aluno neste Enem foi de 55,98 reais, um aumento de 8 reais em relação ao ano passado. tendo em vista que 30% dos candidatos pagaram uma taxa de 35 reais, o custo final por estudante ficou em 46 reais. Esse gasto tem sido crescente a cada ano e a taxa de abstenção se mantém estável. Em 2011, a média de faltas foi de 26,4% e, em 2010, de 28%.
Apesar dos altos índices registrados nos anos anteriores, o Inep nunca fez um estudo para entender os motivos da abstenção. “Vamos fazer agora o recorte, levando em conta os dados deste ano e dos anteriores, para mostrar ao ministro o que aconteceu em cada edição”, disse o presidente do Inep.
Perfil dos faltosos – A impressão que corre no MEC é de que a alta taxa não é culpa apenas dos que não pagam pelo exame. Haveria também um porcentual representativo de faltosos entre aqueles que pagam o valor da inscrição. A taxa real da prova seria de 45 reais. Portanto, quem paga 35 reais e falta também acarreta custos ao governo já que, segundo o MEC, obteve um subsídio de 10 reais.
De acordo com especialistas, o modelo híbrido da prova também pode favorecer o número de faltas. O Enem nasceu em 1998 como ferramenta nacional de avaliação do ensino médio. A partir de 2009, foi reformulado e se tornou o maior vestibular do país – já adotado pela maioria das universidade federais (confira como as instituições utilizam a nota do Enem). Além disso, a nota é usada como critério para a concessão de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e financiamento estudantil. Ainda é usado para certificação do ensino médio para jovens e adultos.
Para o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Cipriano Luckesi, ainda existe muita confusão em torno do exame. “A população em geral ainda não assimilou com clareza a verdadeira função do Enem”, afirmou ele, que é especialista em avaliação. “Acho que o MEC precisa se esforçar para esclarecer que o Enem é recurso de seleção. Mas ainda é importante que ele continue sendo uma ferramenta para avaliar o ensino médio.”
Mercadante já disse neste ano que o MEC estuda tornar o Enem obrigatório para os concluintes do ensino médio. A medida significaria a substituição da Prova Brasil pelo exame. Hoje, a Prova avalia os concluintes dessa fase por amostragem. Para alcançar todos os concluintes, haveria aumento de 300.000 estudantes no Enem, implicando em custo adicional de 17 milhões de reais.
Como a oposição vai receber o pacote que favorece população carente apresentado pelo governo é o destaque do dia
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) apresentou hoje no Senado o relatório da "PEC da Bondade", pacote de medidas que pretende oferecer uma série de benefícios à população de baixa renda. A medida cria uma "saia-justa" para o ex-presidente Lula.
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