Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Yellow quer 100 mil bikes em SP: ‘precisamos acreditar no brasileiro’

Serviço deve oferecer 20 mil bicicletas com sistema de compartilhamento sem estação fixa e sem cadeado físico até outubro

Por Fabiana Futema 19 ago 2018, 21h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por enquanto são apenas 500 bicicletas amarelas operando em fase de teste na cidade de São Paulo desde o começo do mês. Mas o sistema de compartilhamento de bikes da Yellow está dando o que falar. O que mais chama a atenção de quem não conhece o serviço é o fato de não existirem estações fixas de retirada e entrega de bicicletas. Elas podem ser encontradas ou deixadas em qualquer lugar. Outro diferencial é que não existe um cadeado fixo para prendê-las.

    Para utilizar as bicicletas da Yellow, é preciso baixar o aplicativo, encontrar uma delas pelo GPS e colocar créditos – de 5 a 40 reais. Para destravá-las é necessário usar o QR Code do aplicativo para abrir o cadeado inteligente, localizado na parte traseira da bicicleta. Ao final do percurso, é só deixá-las em local permitido e travar o cadeado.

    Questionado sobre o risco de confiar apenas na boa vontade do usuário para devolver as bicicletas, Eduardo Musa, CEO da Yellow, diz que gosta de sonhar grande. “Quanto maior o sonho, mais bacana é. O sonho só é grande o suficiente quando riem dele. Me comparo com rapaz que achou que era capaz de fazer as pessoas andarem no carro de um estranho. Quando o Uber entrou no Brasil, todo mundo falou que nunca entraria em um carro de desconhecido. Hoje, São Paulo é a mais cidade que faz viagem de Uber. É preciso acreditar no brasileiro.”

    Ex-presidente da Caloi, Musa diz que a cidade cuida bem das coisas que funcionam. “Ninguém depreda o metrô porque ele funciona. A cidade cuida daquilo que traz um benefício. O problema do trânsito é tão grande, as pessoas precisam de alternativas.”

    Continua após a publicidade

    Além da crença no brasileiro, Musa afirma que a empresa conta com mecanismos de segurança para garantir a frota de bikes livres, como rastreamento por GPS. “As peças de nossas bicicletas não servem em outras. E também contamos com a polícia.”

    Inaugurado no começo do mês, o serviço de compartilhamento da Yellow deve ganhar 20 mil bicicletas até o final de outubro. “Elas estão prontas para entrar na cidade. Vieram de navio da Zona Franca de Manaus”, diz o CEO da empresa.

    Segundo ele, a meta da Yellow é cobrir a cidade de São Paulo e chegar a outras da região metropolitana, como Guarulhos, Osasco e o ABC Paulista. Para isso seriam necessárias de 100 mil a 120 mil bicicletas.

    O próximo passo do plano é levar o serviço de compartilhamento de bikes livres para outros Estados e depois para a América Latina. “A meta é consolidar o serviço primeiro no Brasil e depois na América Latina. Outras cidades já vieram nos procurar”, conta Musa.

    Continua após a publicidade

    O CEO da Yellow diz que a maior parte das corridas feitas pelos usuários duram até 15 minutos. Por esse tempo, a pessoa gasta apenas 1 real. Ele estima que neste período os ciclistas percorram cerca de 3 quilômetros.

    Apesar de o serviço ter sido implantado inicialmente na região da Faria Lima e Vila Olímpia, áreas nobres de São Paulo, Musa nega que a Yellow não atenda a população da periferia. “Esse argumento é falso, pois as bicicletas são livres, os usuários podem levá-las para onde quiserem. Elas são usadas pelo morador da periferia que pega trem, ônibus ou metrô e ainda precisa andar mais 1 ou 2 quilômetros para chegar ao trabalho ou escola.”

    Para que os planos de expansão da Yellow se efetivem, a empresa espera uma regulamentação da Prefeitura de São Paulo. Hoje, elas podem ser usadas por maiores de 16 anos nas ciclovias e ciclofaixas e podem ser deixadas em qualquer lugar, desde que não atrapalhem o fluxo.

    Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo informa que a regulamentação do sistema de compartilhamento de bicicletas de São Paulo prevê a coexistência de diferentes empresas operando com ou sem estações de compartilhamento de bikes.

    Continua após a publicidade

    São Paulo deve ganhar mais duas operadoras de compartilhamento de bicicletas, além das atuais credenciadas Yellow, Tembici e Trunfo. “As operadoras Mobike e Serttel também estão credenciadas junto ao Comitê Municipal de Uso do Viário e se encontram em processo de adequação e operacionalização de seus sistemas.”

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.