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Vendas no varejo têm pior setembro em 18 anos e fecham 3º tri estagnadas

Queda foi puxada por retração nas vendas de combustíveis e nos setores de hipermercados, supermercados e alimentos

Por Redação
Atualizado em 13 nov 2018, 19h37 - Publicado em 13 nov 2018, 09h20
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  • As vendas no varejo do Brasil recuaram mais do que o esperado e registraram o pior desempenho para setembro em 18 anos, devido às perdas em supermercados e combustíveis, indicando incertezas para os últimos meses de 2018 após encerrarem o terceiro trimestre com estagnação.

    Em setembro, as vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 1,3% em setembro ante agosto, informou nesta terça-feira, 13, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 2000.

    A receita, nesta base de comparação, caiu 0,2%. Já na comparação com setembro do ano anterior, as vendas tiveram crescimento de 0,1% e as receitas uma alta de 4,1%. No acumulado de 2018, a alta das vendas é de 2,3%, enquanto que o da receita é de 4,3%.

    Segundo o IBGE, houve queda no volume de vendas de seis das oito atividades pesquisadas na comparação entre setembro de 2018 e agosto do mesmo ano. A maior pressão negativa se deu na venda de combustíveis, e lubrificantes, com redução de 2%. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também tiveram redução, de 1,2%. Outro segmento que a retração chamou a atenção foi o de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 1%. 

    Com forte peso no bolso dos consumidores, o setor de hiper e supermercados viu suas vendas teve seu pior resultado para o mês desde 2002. O movimento, de acordo com o IBGE, se deu por conta do aumento dos preços –em setembro, a inflação de alimentos e bebidas foi de 0,10%, após uma queda nos preços de 0,34% em agosto. Já os preços dos combustíveis subiram em setembro 4,18%, após queda de 1,86% no período anterior.

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    “A inflação de combustíveis e hipermercados teve efeito negativo sobre as vendas. A alta dos combustíveis tem a ver com elevações promovidas pela Petrobras e, no caso dos alimentos, houve alta na alimentação domiciliar”, explicou a gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes.

    As vendas cresceram apenas nos setores de Móveis e eletrodomésticos, com alta de 2%, e de Tecidos, vestuário e calçados, 0,6%.

    As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, caíram 1,5% em setembro sobre agosto. As vendas de veículos e motos, partes e peças retraíram 0,1%, enquanto as de material de construção tombaram 1,7%.
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    (Com Reuters)
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