A Vale voltou a registrar prejuízo no segundo trimestre deste ano, devido às novas provisões relacionadas à tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. Com isso a companhia registrou perdas de 133 milhões de dólares no intervalo de abril a junho. O prejuízo é o segundo consecutivo, depois da perda de 1,6 bilhão de dólares nos três primeiros meses do ano. O balanço da companhia foi divulgado nesta quarta-feira, 31.
A ruptura da barragem da Vale em Brumadinho aconteceu em 25 de janeiro deste ano. A tragédia deixou ao menos 248 mortos. Outras 22 pessoas são consideradas desaparecidas pelas autoridade de Minas Gerais.
Maior produtora global de minério de ferro, a empresa teve um resultado de geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,098 bilhões de dólares entre abril e junho, contra 3,875 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano passado.
“Conforme progredimos para uma reparação completa e efetiva, o segundo trimestre foi um período de transição para o negócio, com o rompimento da barragem em Brumadinho ainda impactando volumes, custos e despesas. Entretanto, nossa resposta começou a dar frutos para garantir a segurança das pessoas e das operações da companhia, bem como para reduzir incertezas e entregar resultados sustentáveis com um portfólio de produtos de alta qualidade, que já serão refletidos no próximo trimestre”, afirmou o presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, em documento que acompanha o demonstrativo financeiro divulgado nesta noite de quarta-feira, 31.
Segundo a Vale, provisões por conta da tragédia de Brumadinho somaram 1,5 bilhão de dólares no segundo trimestre. O descomissionamento de barragem de rejeitos de Germano consumiu 257 milhões de dólares adicionais e a Fundação Renova, relacionada à tragédia da Barragem em Mariana, mais 383 milhões de dólares. As provisões não haviam sido contabilizadas anteriormente.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)