A Vale está sendo processada por acionistas americanos. Pelo menos dois escritórios de advocacia dos Estados Unidos entraram com ações civis públicas acusando a mineradora brasileira de mentir para os investidores sobre seu comprometimento em garantir a segurança de seus trabalhadores. Na última sexta-feira 25, uma das barragens da empresa rompeu em Brumadinho (MG) e deixou ao menos 65 mortos. Há ainda 288 pessoas desaparecidas.
O escritório Rosen Law anunciou que entrou com uma ação “para recuperar o danos sofridos pelos investidores”, acusando a Vale de fazer declarações falsas e de não ter divulgado os potenciais danos do rompimento de barragem da mina do Feijão que levou à morte de dezenas de pessoas. “Quando os detalhes verdadeiros entraram no mercado, houve perda para os investidores.”
Na segunda-feira 28, as ações da Vale caíram mais de 24% e a empresa perdeu cerca de 71 bilhões de reais em valor de mercado. Nesta terça-feira, 29, os papéis operam em alta. As 12h11, as ações subiam 4,13% na bolsa brasileira.
O escritório Tha Schall afirma estar investigando se a mineradora soltou “informações falsas e enganosas” aos investidores, que omitiam os riscos com a barragem e, por isso, burlam as regras do mercado acionário dos EUA.
Procurada, a Vale não se posicionou sobre as ações.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu no Brasil dois processos administrativos para analisar se as comunicações da Vale com o mercado sobre o acidente em Brumadinho foram adequadas.
(Com Estadão Conteúdo)