Por Ricardo Gozzi
Nova York – Os contratos futuros de petróleo fecharam perto da máxima em sete semanas em Nova York enquanto o Brent aproximou-se da máxima em oito meses com os compradores em busca de fontes alternativas de abastecimento por conta de problemas no Iêmen e no Sudão do Sul e de temores com relação às exportações do Irã no curto prazo.
Rumores de acordo com os quais o Irã poderia interromper as exportações para a Europa antes da entrada em vigor de um embargo pela União Europeia (UE) dentro de alguns meses agitaram o mercado, com as refinarias da região saindo em busca de fornecedores alternativos. Ao mesmo tempo, participantes do mercado asiático começaram a comprar os tipos de petróleo mais usados nas refinarias europeias.
A onda de compras, especialmente do Brent, tem sido alimentada por uma greve no Iêmen que tirou do mercado 900.000 barris de petróleo normalmente despachados para o mercado asiático. Ao mesmo tempo, o petróleo do Sudão do Sul está fora dos mercados internacionais desde o mês passado, restringindo ainda mais as alternativas para a Ásia. Negociadores do Sudão e do Sudão do Sul deverão tentar solucionar a disputa com relação às tarifas de transporte de petróleo. O impasse afeta cerca de 450.000 barris por dia.
O petróleo para entrega em março negociado na bolsa mercantil de Nova York (Nymex) fechou em alta de US$ 0,51 (0,50%), a 102,31 o barril. Trata-se do melhor fechamento em sete semanas no mercado norte-americano. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para abril subiu US$ 1,18 (0,99%), encerrando as transações em US$ 120,11 por barril. As informações são da Dow Jones.