O presidente Michel Temer determinou ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, o afastamento por quinze dias de quatro dos vice-presidentes do banco para que apresentem suas defesas diante das denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF), informou o Palácio do Planalto em nota nesta terça-feira.
A decisão ocorreu após reunião do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, com Occhi nesta terça-feira. Segundo fonte ouvida pela agência Reuters, o próprio BC pediu a destituição de todos os vice-presidentes do banco estatal.
A decisão atinge os quatro vice-presidentes da Caixa que estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. No total, o banco tem doze vices. O pedido de afastamento dos dirigentes foi feito em dezembro e assinado pelas forças-tarefa das operações Greenfield, Cui Bono? e Sépsis – as duas últimas derivadas da primeira. Até a semana passada, porém, Temer vinha se recusando a acatar a recomendação do MPF.
A Operação Sépsis apura desvios no FI-FGTS e a Cui Bono? analisa desvios em liberações de créditos a grandes empresas. O banco público também é investigado na Operação Patmos, que, em uma de suas vertentes, investiga desvios praticados por Geddel Vieira Lima e Fábio Cleto. Personagens políticos como os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e Henrique Eduardo Alves (PMDB) estão presos por supostos desvios na Caixa, alvos dessa operação.