Por Danielle Chaves
Hong Kong – A China Petroleum & Chemical Corp., mais conhecida como Sinopec, planeja adquirir os ativos de petróleo e gás estrangeiros de sua controladora, a China Petrochemical Corp., ou Sinopec Group, em um movimento que vai ampliar sua base de reserva de hidrocarbonetos e ajudar a companhia a se tornar uma grande empresa integrada de petróleo.
Desde 2010, o Sinopec Group investiu US$ 14 bilhões em acordos de petróleo e gás nos EUA, Brasil, Canadá e Austrália, segundo dados da Dealogic. Em fevereiro, a empresa fechou um acordo de US$ 2,5 bilhões com a Devon Energy por uma fatia de um terço em cinco campos de gás e óleo de xisto nos EUA.
O plano, que surge em um momento de rápida expansão externa sob comando do novo executivo-chefe, Fu Chengyu, pode abrir caminho para mais reestruturações, o que alguns analistas dizem que será positivo para os retornos sobre os investimentos da empresa no longo prazo. O movimento também espelha os esforços da PetroChina para fazer o mesmo com ativos da sua controladora, a China National Petroleum Corp. (CNPC).
A empresa, que é listada em Hong Kong e Xangai e é a maior refinaria de petróleo da Ásia, informou que pretende ser a única plataforma dentro da família Sinopec para exploração e produção internacional de petróleo e gás, químicos, refino e venda de derivados de petróleo. Segundo a companhia, isso vai acontecer no momento adequado.
O Sinopec Group, que controla 76,38% da Sinopec, pretende vender seu pequeno negócio de químicos dentro de cinco anos. Os ativos de exploração e produção do grupo podem valer US$ 20 bilhões, de acordo com uma estimativa feita pelo Credit Suisse em outubro.
A Sinopec mencionou anteriormente sua estratégia de “gradualmente equilibrar o perfil de lucro da companhia por meio do aumento de sua exposição a exploração e produção”, afirmou Tan Wee-Kiat, analista do Morgan Stanley. As informações são da Dow Jones.