Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Senadores cobram de Maia que cumpra acordo da reforma trabalhista

Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h23 - Publicado em 12 jul 2017, 12h17
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Senadores da base e da oposição cobraram nesta quarta-feira do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o cumprimento do acordo feito pelo presidente da República, Michel Temer, de fazer ajustes no projeto que trata da reforma trabalhista por meio de uma medida provisória (MP) a ser editada.

    Na madrugada desta quarta, pouco após a reforma trabalhista ser aprovada no Senado sem modificações, Maia afirmou, por meio de sua conta no Twitter, que a Câmara não vai votar nenhuma MP que altere o texto.

    Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma, como a questão que envolve a não obrigatoriedade do imposto sindical e a permissão do trabalho de gestantes e lactantes em condições insalubres.

    Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, destinada à sabatina da subprocuradora Raquel Dodge, indicada por Temer para comandar a Procuradoria-Geral da República, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou requerimento para que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) cobre Maia a cumprir o acordo. Durante a análise da reforma na comissão, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), chegou a ler uma carta de Temer na qual o presidente se comprometia com as mudanças.

    “A MP está acertada. O líder do governo recebeu do presidente da República uma carta reafirmando esse compromisso. Portanto, enviada essa MP, ela entrará em vigor prontamente como manda”, afirmou Lobão, contrariando a declaração de Maia.

    A indicação do peemedebista, porém, não foi suficiente para acalmar os senadores. “Ele (Maia) não tem poder nenhum de barrar o acordo”, afirmou Simone Tebet (PMDB-MS). “Como aspirante a presidente da República, ele se propõe mais a ser um ditador”, disse Lasier Martins (PSD-RS).

    Continua após a publicidade

    Os dois senadores declaravam estar indecisos até pouco antes da votação da reforma no Senado e só aceitaram votar com o governo após a indicação de que a MP seria publicada.

    “Foi mais uma manifestação de alguém que já se via na cadeira do presidente da República do que do presidente da Câmara”, afirmou Armando Monteiro (PTB-PE), insinuando que a intenção de Maia é enfraquecer Temer.

    Para Ronaldo Caiado (DEM-GO), a declaração foi uma “deselegância” de Maia com o Senado. “A declaração surpreendeu a todos nós. Foi uma descortesia, deselegância com o Senado Federal, que é uma Casa revisora. O Senado por várias vezes está se rebaixando”, disse.

    No Twitter, o senador Lindergh Farias (PT-RJ) afirmou que Maia esperou o fim da votação da reforma trabalhista para desmoralizar Temer e Jucá. “A oposição já tinha avisado: não se deve confiar na palavra de um governo frágil, desmoralizado e que pode cair a qualquer momento.”

    Continua após a publicidade

    Ontem, logo após a aprovação da reforma, Jucá escreveu em sua conta no Twitter que o governo mantinha o compromisso com os pontos negociados, como jornada 12×36 e permissão para trabalho de grávidas e lactantes em local insalubre.

     

    Câmara

    O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) avaliou que Rodrigo Maia expressou a opinião da maioria da Casa ao dizer que não reconhecerá “qualquer medida provisória” sobre a reforma trabalhista. Segundo ele, o acordo entre governo e senadores não foi tratado com os deputados.

    “O Senado é uma casa revisora, tem que se colocar no seu lugar e cumprir o papel que lhe cabe. Se não cumpriu, se não revisou, a Câmara não deve fazer nada”, declarou Aleluia, que é correligionário de Maia.

    Continua após a publicidade

    Ele disse que o presidente da Câmara não vai aceitar alterações no trecho que extingue a obrigatoriedade do imposto sindical, mas admitiu que poderá haver negociação sobre outros pontos depois que o governo editar a MP com as alterações combinadas com os senadores.

    O comentário de Maia ocorre no momento em que ele se distancia do Palácio do Planalto por causa da tramitação da denúncia contra Temer na Câmara. Para Aleluia, no entanto, Maia apenas cumpre o seu papel institucional e expressa a vontade da maioria da Casa.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.