Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sem megaleilão do petróleo, União deixa de arrecadar R$ 100 bilhões

Governo e Petrobras não chegam a entendimento sobre contrato de cessão onerosa da Bacia de Santos, firmado em 2010; por isso, nova licitação está suspensa

Por Gilmara Santos
Atualizado em 25 abr 2018, 11h55 - Publicado em 25 abr 2018, 11h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma disputa entre a União e a Petrobras deve adiar a realização do megaleilão de petróleo que poderia injetar entre 80 bilhões de reais e 100 bilhões de reais na economia brasileira. Em um primeiro momento, a licitação estava prevista para ocorrer em julho deste ano, mas com a possibilidade de uma segunda data marcada para novembro. No entanto, o governo não pretende realizar o chamado até que seja definida a cessão onerosa envolvendo os seis blocos de pré-sal da Bacia de Santos. A expectativa é que fique para o próximo ano.

    Publicidade

    Governo e a estatal divergem sobre o valor que deve ser pago à empresa em função da chamada cessão onerosa. Em 2010, para fazer a capitalização da companhia, foi definido que a Petrobras pagaria ao Estado cerca de 75 bilhões de reais e teria o direito de explorar o petróleo até o limite de 5 bilhões de barris. A partir daí seria feito o acerto de contas, considerando o valor do petróleo na época.

    Publicidade

    “A empresa alcançou essa marca de 5 bilhões de barris entre 2015 e 2016 e teria agora que receber a diferença de valores. Acontece que o contrato não é claro e deixa dúvidas se o governo deve realmente ressarcir e, caso tenha o dever, qual seria o valor”, explica o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBI), Adriano Pires.

    Continua após a publicidade

    A revisão do contrato, diz Pires, é fundamental para a realização do megaleilão. “Sem essa definição cria-se uma insegurança jurídica grande para as empresas que irão participar da extensão oneroso dos 10 bilhões de barris previsto na mesma área”, comenta. “Mas acredito que o governo deveria fazer a licitação, porque com isso teria, inclusive, recursos para pagar a empresa, se for o caso.”

    Publicidade

    Na disputa estão questões como a queda no preço do petróleo. A empresa defende o ressarcimento devido à redução do barril de 2010, quando o contrato foi fechado, até hoje. A estimativa é que as indenizações ultrapassem 10 bilhões de reais.

    Em janeiro deste ano, o governo criou uma comissão interministerial para concluir os termos da revisão da cessão onerosa de áreas de petróleo no pré-sal firmado.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A comissão, formada pelo Ministério de Minas e Energia, Fazenda e Planejamento, poderá negociar com a Petrobras, no prazo de até 60 dias, prorrogáveis por igual período o valor do contrato, o volume máximo, o prazo de vigência e os porcentuais mínimos de conteúdo local.

    O grupo interministerial deverá, junto à comissão formada pela Petrobras, “prover acesso aos laudos de certificação contratados pelas partes, bem como definir tratamento das questões divergentes, visando a construção de um fluxo de caixa determinístico, na forma estabelecida no contrato de cessão onerosa”, diz comunicado divulgado à época.

    Publicidade

    Mesmo com criação deste grupo de trabalho o tema ainda segue sem definição.

    Continua após a publicidade

    O megaleilão de energia prevê a licitação de mais 10 bilhões de barris de petróleo em blocos de pré-sal na Bacia de Santos. O leilão era considerado fundamental pela equipe econômica para cumprir a meta fiscal deste ano.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.