O Rio de Janeiro é o primeiro estado a disponibilizar as placas de carros com o padrão do Mercosul. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os veículos zero-quilômetro e aqueles que tiverem transferência de dono ou de estado, serão os primeiros a ser emplacados de acordo com o novo modelo.
Segundo o órgão, todos os Detrans do país estão em processo de homologação para introdução do novo modelo de placa desde 1º de agosto de 2018. “À medida que forem homologados e integrando-se ao novo sistema, poderão operar”, informou o Denatran. A expectativa é que até o fim do ano todos os departamentos estaduais estejam habilitados.
Em nota, o diretor do Denatran, Maurício Alves, lembrou que a implementação da nova placa já está em discussão há muitos anos nos países do Mercosul. “Desde 2011 o Brasil assumiu esse compromisso. Foi necessária a união de todo o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) para que isso fosse possível. Fizemos um grande empenho para que não custasse mais caro aos cidadãos”, disse.
O Brasil é o terceiro país do bloco a uniformizar a padronização de identificação dos veículos, depois de Uruguai e Argentina. A previsão é que toda a frota nacional esteja emplacada com o novo modelo até o fim de 2023.
Padrão europeu
A nova placa terá quatro letras e três números, que poderão estar embaralhados, como ocorre na Europa. Hoje, o modelo adotado no Brasil é o de três letras e quatro números.
O fundo também será diferente: em vez de cinza, para veículos particulares, as novas placas, terão a cor de fundo branca, com variações nas letras e números. Outra novidade é que o modelo prevê a colocação do nome do país, que no caso do Brasil, estará na parte superior. O nome da cidade e do estado estarão na lateral direita, ao lado dos brasões. O tamanho, de acordo com o Denatran, não mudou. As placas terão 40 centímetros de comprimento e 13 centímetros de largura.
O Denatran informou, ainda, que no modelo haverá marcas d´água com o nome do país e do Mercosul e estarão grafadas na diagonal ao longo das placas. No Brasil, a placa terá uma tira holográfica do lado esquerdo e um código bidimensional que conterá a identificação do fabricante, a data de fabricação e o número serial da placa.
“Não deve haver aumento nos custos relativos do emplacamento. Não haverá preços fixos e o mercado será regulado pela livre concorrência. No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a nova placa terá o mesmo preço da placa antiga”, informou em comunicado o Denatran. No estado, o dono de carro zero-quilômetro paga 219,35 reais pelo emplacamento.
A estimativa do Denatran é que a medida atinja uma frota de 110 milhões de veículos nos quatro países. Além disso, deve facilitar a circulação e a segurança viária, assim como assegurar a existência de um banco de dados conjunto.