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Dez por cento da população concentra 43,3% dos rendimentos do país

Pessoas que fazem parte do 1% dos brasileiros com maiores rendimentos receberam 36,1 vezes mais que os 50% mais pobres

Por Da redação
Atualizado em 11 abr 2018, 14h18 - Publicado em 11 abr 2018, 11h02
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  • A concentração de renda continua desigual no país. Em 2017, 10% dos brasileiros mais ricos detinham 43,3% da massa de rendimentos do país, enquanto a parcela dos 10% mais pobres possuía apenas 0,7%, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), feito com base nos dados da Pesquisa Mensal por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

    Já o 1% mais rico da população recebia, em média, 27.213 reais. Esse valor é 36,1 vezes maior que o rendimento médio dos 50% mais pobres – na Região Nordeste, essa razão foi de foi 44,9 vezes e na região Sul, 25 vezes.

    Em 2017, as pessoas que tinham alguma renda (de todas as fontes) recebiam, em média, 2.112 reais contra 2.124 reais em 2016.  Em termos regionais, o Centro-Oeste registrou o maior valor, com 2.479 reais e o Nordeste, 1.429 reais, o menor.

    O brasileiro também ficou mais pobre no ano passado. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita caiu 14 reais entre 2016 e 2017. No ano passado, o brasileiro recebia, em média, 1.271 reais contra 1.285 reais em 2016. As regiões Norte, com 810 reais, e a Nordeste, com 808 reais, apresentaram os menores valores. A região Sul, por sua vez, teve o maior rendimento médico, com 1.567 reais.

    Ainda em 2017, 13,7% dos domicílios brasileiros recebiam dinheiro referente ao Programa Bolsa Família, uma participação inferior à de 2016 (14,3%). As regiões Norte (25,8%) e Nordeste (28,4%) apresentaram os maiores porcentuais. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de 324 reais e naqueles que não recebiam foi de 1.489 reais.

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    Desigualdade

    A desigualdade aumentou em quatro das cinco grandes regiões do Brasil, entre 2016 para 2017.  O Índice de Gini – indicador que mede a desigualdade de renda – referente ao rendimento médio real domiciliar per capita manteve-se em 0,549 em 2017. A estabilidade em comparação ao ano anterior ocorreu em razão de uma queda na Região Sudeste, onde o Gini passou de 0,535 em 2016 para 0,529 no ano passado. Em todas as demais regiões, porém, houve piora.

    Numa escala de 0 a 1, quanto maior o indicador, pior é a distribuição dos rendimentos. No Nordeste, o Gini subiu de 0,555 em 2016 para 0,567 em 2017; no Norte, passou de 0,539 para 0,544; no Sul, de 0,473 para 0,477; e no Centro-Oeste, de 0,523 para 0,536.

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