O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o governo não fará novo ciclo de reajustes dos salários dos servidores públicos. Segundo ele, a política de reestruturação dos salários foi bem-sucedida. Agora, o ritmo de alta dessas despesas está caindo.
Na avaliação dele, esse recuo é importante para a evolução das contas públicas. “Os reajustes de maior relevância já foram dados”, disse ele, acrescentando que novos aumentos a partir de agora serão pontuais. “Quando fizemos o conjunto de reestruturação de carreiras, demos reajustes bastante significativos. E informamos que no futuro eles seriam reduzidos”, ressaltou o secretário.
Ele destacou que pressão por reajustes sempre ocorrerão e enfatizou como “muito positiva” a decisão do Congresso Nacional de não aprovar, no final do ano passado, projetos de reajustes de salários de servidores, entre eles, do Judiciário. “O Congresso compreendeu que não era possível um novo ciclo de reestruturação”, afirmou.
BNDES – Para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no entanto, uma boa notícia. O secretário acenou com a possibilidade de um novo aporte à instituição de fomento. Em 2011, foram direcionados ao banco 55 bilhões de reais, dos quais 10 bilhões de reais apenas foram remetidos neste ano. “Estamos ‘recém concluindo’ os aportes de 2011. Vamos avaliar se é o caso ou não de novo aporte. Se for, será menor do que o do ano passado”, comentou.
O secretário enfatizou que a meta do governo é a de reduzir “paulatinamente” os aportes ao BNDES. A intenção, de acordo com ele, é criar, ao mesmo tempo, um ambiente para que os financiamentos de longo prazo sejam feitos diretamente pelo setor privado. “Quero registrar a importância de termos lançado títulos de dez anos no Brasil, a uma taxa histórica. Isso é um bom ambiente para termos mais aportes de empresas, que conseguem também taxas favorecidas”, comemorou.
Na esteira da emissão do governo, empresas de grande porte foram ao mercado externo atrás de crédito. Entre elas estão Vale, Votorantim, Bradesco e JBS. “Depois do nosso ultimo lançamento, várias empresas foram ao mercado e conseguiram taxas favoráveis. É uma política bem-sucedida. Isso é uma política de médio prazo.”
(com Agência Estado)