A produção da indústria brasileira teve queda de 1,8% em setembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Esse é o terceiro resultado negativo em sequência – a retração no período foi de 2,7%. Na comparação com o mesmo período de 2017, a produção industrial caiu 2%.
Os índices acumulados do ano (1,9%) e nos últimos doze meses (2,7%) continuam positivos, mas o setor mostrou perda de ritmo frente aos meses anteriores, indicou o IBGE.
Segundo o levantamento, 16 dos 26 ramos industriais recuaram. Entre as atividades, as influências negativas mais relevantes foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,1%), máquinas e equipamentos (-10,3%) e bebidas (-9,6%).
“A redução nas exportações de veículos, especialmente para a Argentina devido à crise econômica naquele país, combinada a um ambiente de incerteza política e econômica que freia o investimento do empresário e as decisões do consumidor brasileiro” contribuíram para a queda na produção de veículos, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo, em nota.
De acordo com o IBGE, foi verificado um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês de setembro.
Por outro lado, entre os nove ramos que tiveram crescimento na produção, a maior ficou por conta da metalurgia, que avançou 5,4%.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou recuou 2%, com resultados negativos em 13 dos 26 ramos. Segundo o IBGE, a menor quantidade de dias úteis em setembro deste ano, 19 contra 20, influenciou o resultado.
Com Reuters