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Prioridades são reforma administrativa e PEC dos Precatórios, diz Guedes

Em evento organizado pelo Itaú, ministro da Economia promete empenho para aprovar projetos, mas 'joga a toalha' sobre reforma do Imposto de Renda

Por Felipe Mendes Atualizado em 11 nov 2021, 20h21 - Publicado em 11 nov 2021, 20h12
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  • Convidado para discursar no evento Macro Vision, do banco Itaú, nesta quinta-feira, 11, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não poupou críticas a adversários e prometeu empenho de sua pasta para tirar do papel projetos importantes para a economia brasileira. Segundo ele, há dois grandes desafios para o fim deste ano: a aprovação da reforma administrativa e, sobretudo, a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, que abrirá espaço no orçamento para o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família.

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    Logo ao dar as cartas em sua apresentação, o ministro deixou claro seu descontentamento com a forma que o mercado financeiro repudiou, no primeiro momento, o Proposta de Emenda à Constituição que impõe um limite ao pagamento anual dos precatórios, que são dívidas do governo com sentença judicial definitiva. Para diversos economistas renomados, protelar os vencimentos de dívidas julgadas é um calote. “Essa discussão está sendo vista com muita paixão”, rechaçou Guedes, valendo-se de que a PEC dará maior previsibilidade para os gastos da União nos próximos anos. “Não vai haver mais sustos nos precatórios.”

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    O ministro disse que tem se reunido com diversos setores da economia e se propôs a lutar para reduzir os encargos sobre a folha de pagamento do setor produtivo. Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação, por mais dois anos, da desoneração da folha dos 17 setores da economia que mais geram empregos no país. No evento, Guedes disse que defende a desoneração, mas pede apoio para a aprovação da reforma administrativa em contrapartida. “Vamos simplificar algumas coisas. Nós estamos do lado de quem quer desonerar, mas pedimos apoio em contrapartida”, afirmou o ministro. “Nós queremos criar empregos. Nós vamos, daqui até o fim do ano, tentar aprovar a reforma administrativa. Vamos seguir trabalhando.”

    O ministro condicionou a perpetuidade do Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda que substitui o Bolsa Família, à aprovação da reforma administrativa e da PEC dos Precatórios. “Ainda não é permanente, porque não nos deram o precatório, e mais a fonte, que viria do projeto de (reforma do) Imposto de Renda”, disse. “Nós temos de achar a fonte permanente”. Depois de reclamações sobre a falta de apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a aprovação da reforma do IR, Guedes pediu que a Casa consiga dar um fim à saga dos precatórios em breve: “80% do projeto da PEC dos Precatórios foi feito na casa do Pacheco”, revelou o ministro.

    Em relação ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no entanto, Guedes foi só elogios. O ministro disse que Lira acertou ao falar que o problema do Brasil não é o “teto de gastos”, e sim o “piso”. A despeito de qualquer insinuação, Guedes disse que Bolsonaro é o único candidato à presidência de 2022 que defendeu a continuidade do teto de gastos, enquanto opositores, segundo ele, prometem revisá-lo. “Todos os outros candidatos estão dizendo que vão mexer no teto. O único que disse que não vai mexer no teto fomos nós”, afirmou o ministro, em nítido tom de campanha eleitoral.

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