A atividade econômica do país ficou no negativo em março, marcando -0,15% no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central. No trimestre, entretanto, a economia avançou 2,41%, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, 19. O IBC-Br é visto como uma prévia do produto interno bruto (PIB) brasileiro, que deve ser divulgado no começo do próximo mês.
A queda de março é menor que a estimada pelo mercado, que previa um recuo de 0,3%, e acontece após um avanço expressivo em fevereiro – quando o crescimento foi de 3,32%, revisado para 2,53%. “A contração se deve ao mês anterior ter sido muito acima do esperado”, avalia o Banco Original em relatório. Em relação ao mesmo período do ano passado, a prévia do PIB avançou 5,46%. Já no acumulado de doze meses até março, a alta foi de 3,31%. A alta trimestral reflete o ritmo das atividades, que tem apresentados dados positivos nas pesquisas mensais do IBGE.
O IBC-Br, que tem periodicidade mensal, é considerado um termômetro do produto interno bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Os indicadores têm metodologias diferentes. Enquanto o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia, o IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. O PIB do primeiro trimestre será divulgado apenas no dia 1º de junho pelo IBGE.
O indicador é usado como uma das ferramentas do BC para definir a taxa básica de juros do país. A Selic está em 13,75% ao ano e a sua redução é uma das principais agendas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).