A economia brasileira registrou um recuo de 0,4% em julho, de acordo com o índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, considerada a ‘prévia do PIB’.
O dado veio melhor que a estimativa do mercado, que esperava uma variação de -0,8% no mês. Em junho, o crescimento foi de 1,37%. No acumulado em 12 meses, o indicador avança 2,03%, na série sem ajuste.
Embora contraditório, o recuo da atividade econômica pode ter efeitos positivos no mercado nesta sexta. Isso porque, a variação da atividade de julho em baixa — junto com a deflação registrada em agosto pelo IPCA –, pode sinalizar menores pressões inflacionárias às vésperas da reunião do Comitê de Politica Monetária (Copom) do Banco Central.
Resultado
O recuo em julho ocorre mesmo com o bom desempenho do setor de serviços, que avançou 1,2% segundo a pesquisa mensal do IBGE. Já a indústria recuou 1,4% no período, influenciando o resultado da atividade econômica. Nesta sexta-feira, o Ministério da Fazenda deve divulgar as novas projeções da pasta para a economia. É esperado uma revisão para 3% de crescimento da economia, conforme adiantado pelo ministro Fernando Haddad durante falas nesta semana.
O IBC-Br, que tem periodicidade mensal, é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes, mas mostram a tendência da economia. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.