A atividade econômica brasileira recuou 0,04% em janeiro na comparação com o mês anterior, quando avançou 0,29%. Os dados divulgados nesta segunda-feira, 17, são do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a “prévia” do produto interno bruto (PIB). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,03%, enquanto no acumulado de doze meses registrou um aumento de 3%, de acordo com números observados.
Os dados refletem a lentidão da economia no início do ano. Segundo as pesquisas mensais de atividade do IBGE, o setor de serviços, o maior do PIB, recuou 3,1%, enquanto a indústria também teve resultado ruim, com recuo de 0,3%. Enquanto isso, o agronegócio bateu recorde de exportações no mês e o comércio também acelerou vendas.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. A Selic está em 13,75% ao ano e a redução da taxa é uma das principais agendas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O IBC-Br, que tem periodicidade mensal, é considerado um termômetro do produto interno bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes, mas mostram a tendência da economia. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. O PIB do primeiro trimestre será divulgado apenas no dia 1º de junho pelo IBGE.