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‘Prévia da inflação’ sobe mais que o esperado pelo mercado em agosto

IPCA-15 foi de 0,28%, acima dos -0,07% de julho; alta é baseada em preços administrados, como a conta de luz

Por Larissa Quintino Atualizado em 25 ago 2023, 12h46 - Publicado em 25 ago 2023, 10h01
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  • A prévia da inflação variou 0,28% em agosto, ficando 0,35 ponto percentual acima da taxa registrada pelo IPCA-15 de julho, quando teve deflação de 0,07%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 25, pelo IBGE. A aceleração do índice veio acima das estimativas do mercado, que previa alta de 0,17%. Entre os motivos que aceleraram a taxa estão as altas da conta de luz, que impactou o grupo de habitação, saúde e educação.

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    No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e acima do centro da meta, de 3,25%.

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    A aceleração na prévia da inflação acontece após o resultado do IPCA de julho também vir mais forte que no mês anterior. “Que pese que em parte o qualitativo do índice foi melhor que o número cheio (dispersão abaixo do desvio padrão e serviços sob controle), nos parece que ‘as boas notícias’ do campo inflacionário estão chegando ao fim”, afirma o economista André Perfeito.

    A alta registrada na prévia de julho, no entanto, não muda a visão do mercado sobre o ciclo de quedas na Selic. “Embora o resultado tenha surpreendido o mercado, os aumentos estão concentrados em reajustes de preços administrados e não constituem problemas, que podem ser corrigidos no curto prazo pelo uso da taxa básica de juros”, afirma André Galhardo, consultor econômico da corretora Remessa Online.

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    Preços maiores

    Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto, as exceções foram as deflações em alimentos (-0,65%) e vestuário (-0,03%).

    Em habitação, o maior impacto veio da alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 p.p.), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior. Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

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    A alta em saúde e cuidados pessoais (0,81%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.

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    Em educação (0,71%), os cursos regulares subiram 0,74% principalmente por causa dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

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    Também registraram variação positiva no mês os grupos despesas pessoais (0,60%), transportes (0,23%), comunicação (0,04%) e artigos de residência (0,01%).

    A queda do grupo alimentação e bebidas (-0,65%) deve-se, principalmente, à deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois últimos meses. Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço.

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    A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%) acelerou na comparação com o resultado de julho (0,17%).

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