Considerado a prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,6% em maio, chegando ao patamar de 8,24% no acumulado dos últimos doze meses. Além de estar acima do teto da meta, de 6,5%, o índice é o mais alto desde janeiro de 2004, quando atingiu 8,46%. No acumulado do ano, o IPCA ficou em 5,23%, bem acima da taxa de 3,52% verificada no igual período de 2014. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de a inflação continuar alta, o IPCA perdeu um pouco de fôlego em maio – em abril, ele ficou em 1,07%. Segundo o instituto, a principal razão para isso é o reajuste menor na conta de energia elétrica. Em maio ela subiu 1,41%, enquanto que em abril a alta foi de 13,02%.
O grupo que teve o maior aumento nos preços foi o de produtos de saúde e higiene, com elevação média de 3,71%. Na outra ponta, o grupo de transportes foi o único a ter queda nos preços, influenciado pelo barateamento dos combustíveis e da baixa de 23,6% no valor das passagens aéreas.
Em contrapartida, o grupo dos alimentos continua aumentando, com destaque para os reajustes nos preços do tomate (19,79%), cebola (18,83%), cenoura (10,45%), leite (2,64%), pão francês (2,23%), óleo de soja (2,17%), carnes (1,40%), frango em pedaços (1,30%).
Na análise regional, a maior variação de preços ocorreu na região metropolitana de Fortaleza, de 1,23%. O menor índice foi o de Brasília, com 0,14%. A pesquisa é feita com famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia
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(Da redação)