Por Antonella Ciancio e Farah Master
MILÃO/HONG KONG, 7 Jun (Reuters) – O grupo italiano de moda Prada alertou que um aprofundamento da crise da zona do euro pode afastar os turistas que gastam muito dinheiro e que protegeram as empresas de luxo da instável economia global.
Eles também ajudaram a elevar o faturamento trimestral da fabricante dos cobiçados sapatos e bolsas de couro, disse a grife.
Os lucros do primeiro trimestre dobraram na criadora dos coloridos vestidos da Miu Miu, baseada em Milão, superando o crescimento da receita, mas a companhia não está imune das preocupações com a zona do euro, com a lenta recuperação dos EUA e com uma possível desaceleração da Ásia.
“Se a crise grega espalhar-se para a Espanha ou Itália, isso iria diminuir o fluxo de turistas. E se afetar os turistas, nos impactaria também”, afirmou o vice presidente da Prada, Carlo Mazzi, à Reuters, em uma entrevista por telefone.
A Ásia, que representa aproximadamente 38 por cento das vendas da marca, cresceu 47 por cento, enquanto a receita nos EUA subiu em mais de um terço.
O Varejo é um grande motivador de crescimento para a Prada, que confirmou uma expansão planejada de sua cadeia, acrescentando 260 lojas nos próximos três anos, a maioria em cidades novas.
O mercado de luxo da China prepara-se para crescer entre 18 e 20 por cento este ano, superando as previsões de um dígito para Europa, Américas e Japão, de acordo com a consultoria norte-americana Bain.
(Reportagem de Alison Leung, em Hong Kong, e Sabina Suzzi, em Milão)