A Petrobras fez bonito nesta quarta-feira e ajudou a Bovespa a se deslocar dos mercados internacionais e encerrar no azul, encostada nos 59 mil pontos. A expectativa de que o governo possa autorizar um novo reajuste dos combustíveis animou os investidores. No exterior, após três dias seguidos de ganhos, as preocupações com a economia global voltaram à tona, após indicadores ruins na Alemanha e revisão de crescimento pelos bancos centrais da França e do Reino Unido.
O Ibovespa conseguiu encerrar com valorização de 2,12%, aos 58.950,98 pontos. Na mínima, o índice atingiu 57.603 pontos (-0,21%) e na máxima bateu 58.964 pontos (+2,14%). No mês, o ganho foi ampliado para 5,09% e, no ano, para 3,87%. O giro financeiro ficou em 7,119 bilhões de reais.
Reajuste à vista – As ações da Petrobras avançaram amparadas por um possível novo reajuste dos combustíveis. O papel ON terminou o pregão com ganho de 5,43% e a PN subiu 4,59%. Vale destacar que, desde sexta-feira, quando a estatal informou um prejuízo de 1,346 bilhão de reais no balanço do segundo trimestre, os papéis subiram 9,82% e 8,06%, respectivamente.
Segundo fontes, após ouvir um relato emocionado da presidente da Petrobras, Graça Foster, antes da divulgação do prejuízo; o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu ao comando da companhia que haverá reajuste de preço nas bombas de combustíveis. A sinalização de Mantega mostra uma mudança de disposição por parte do governo – controlador e sócio majoritário da companhia – que, por nove anos, não autorizou reajustes de combustíveis que implicassem impacto na inflação.
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Logo cedo, notícia publicada no jornal O Globo, mostrou que o governo passou a cogitar um novo aumento do preço da gasolina neste ano. O objetivo é evitar que o balanço da companhia apresente novas perdas e também diminuir a defasagem de preços com o mercado internacional. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse, no entanto, que o aumento do preço dos combustíveis é necessário, mas enfatizou que ainda não há uma decisão. A grande preocupação do governo, explicou, é com o impacto no IPCA.
Os títulos da Vale também subiram. A ação ON ganhou 0,77% e a PNA avançou 0,98%. Na véspera, a mineradora informou que decidiu recorrer contra a liminar da Justiça do Maranhão, que determinou a suspensão das obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás e o licenciamento do projeto. O empreendimento faz parte de um pacote de investimentos de 4 bilhões de dólares em infraestrutura. Em nota, a companhia reafirmou que o projeto de expansão da ferrovia “está submetido ao regular processo de licenciamento ambiental perante o Ibama, cumprindo rigorosamente a legislação ambiental aplicável”.
As siderúrgicas, que na sessão anterior realizaram lucros, subiram: Gerdau ON (+3,23%), Gerdau Metalúrgica PN (+2,74%) e CSN ON (+1,08%). Usiminas PNA (+5,77%) e Usiminas ON (+7,10) também figuraram entre os destaques de ganho do Ibovespa.
No exterior, a produção industrial da Alemanha registrou contração no mês passado e os bancos centrais do Reino Unido e França revisaram a perspectiva para o crescimento de seus países. Em Nova York, o índice Dow Jones e o S&P 500 encerraram com leve alta de 0,05% e 0,06%, respectivamente. Já o Nasdaq terminou com queda de 0,15%.
(com Agência Estado)