As 6,8 milhões de pessoas físicas brasileiras que fizeram aplicações financeiras em fundos e tesouraria investiram 506 bilhões de reais no ano passado. O montante é 7,4% superior ao registrado em 2011, segundo dados divulgados nesta quinta-feira em um boleitim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O valor, que não contempla poupança e fundos de previdência, é superior à alocação total investida nessas modalidades, que foi de 496 bilhões de reais e 338 bilhões de reais, respectivamente.
O patrimônio do varejo (que inclui os aportes em fundos e tesouraria) foi alavancado em 2012, devido à ampliação do acesso das classes B e C aos serviços financeiros. Em geral, de acordo com o estudo, os dados deste segmento retratam um perfil conservador dos investidores pessoas físicas, com maior preferência por liquidez e rentabilidade de curto prazo. “As aplicações são pouco diversificadas, em grande medida pela reduzida especialização desses clientes na gestão do seu portfólio. No entanto, isso tende a se alterar com a maturação das iniciativas de educação ao investidor em curso”, destaca o boletim.
Enquanto na poupança, que conta com 97 milhões de clientes, o investimento médio é de R$ 5,1 mil, no varejo , é de R$ 74,3 mil. Nas aplicações em fundos, brasileiros aplicam mais em investimentos conservadores, como renda fixa, responsáveis por 49,9% dos aportes, e fundos de investimento DI, que representam 30,5% do total. Tais investimentos trazem retorno baixo, mas praticamente garantido.
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(com Estadão Conteúdo)