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Passaredo irá entrar com ação no Cade contra a Azul por assédio a pilotos

Aérea acusa concorrente de procurar 80% do seu quadro técnico para desestabilizar novas operações; Passaredo começará a voar de Congonhas no próximo mês

Por da Redação
Atualizado em 27 ago 2019, 13h40 - Publicado em 27 ago 2019, 11h23
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  • A companhia aérea Passaredo informou nesta terça-feira, 27, que irá entrar com uma ação contra a Azul Linhas Aéreas no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por assédio a pilotos e copilotos de seu quadro de funcionários. Em comunicado à imprensa, a Passaredo afirmou que o departamento de recursos humanos da Azul “tem entrado em contato sistematicamente” com seus profissionais “visando prejudicar a empresa no momento em que está estruturando novas operações”. 

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    Na semana passada, a Passaredo anunciou a compra da MAP, aérea que voa nos estados de Amazonas e Pará. Com a aquisição da empresa, a companhia passa a operar em 28 destinos além de ter 26 slots, como são chamadas autorizações de pouso e decolagem, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os voos na capital paulista devem começar em outubro e irão focar rotas para outras cidades do estado e do interior do Brasil. Um nicho de mercado em que a Azul atua.

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    A previsão da Passeredo é chegar a 37 destinos até o fim deste ano. Entre os novos previstos estão Araçatuba, Bauru e Marília, no Estado de São Paulo, Uberaba (MG), Ipatinga (MG), Dourados (MS) e Ponta Grossa (PR).

    A reclamação da Passaredo perante o Cade e à Justiça se baseia na prática de concorrência desleal, nos termos do art. 195 da Lei de Propriedade Intelectual, ou como infração à ordem econômica, nos termos do art. 36 da Lei 12.529. Basicamente, o assédio aos pilotos, se exitoso, impedirá a Passaredo de competir de maneira agressiva, e isso desequilibra o mercado.” A empresa afirma que mais de 80% dos pilotos da empresa foram contatados por representantes da Azul na última semana. 

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    “Existem centenas de excelentes pilotos com experiência em jatos no mercado, inclusive oriundos da operação da Avianca. A Passaredo recebeu esses currículos recentemente durante a seleção de pilotos que vem realizando. Se a Azul tivesse interesse exclusivo em contratar mão de obra, seria natural aproveitar esses profissionais já experientes no equipamento a jato. Contudo, o que a Azul quer é aliciar a mão de obra da Passaredo para prejudicar a estruturação das operações em Congonhas”, diz Eduardo Busch, CEO da Passaredo.

    Para o executivo, a ação da concorrente é uma consequência do processo de distribuição de slots da Avianca em Congonhas, processo que também contou com a participação da Azul. “Durante a distribuição dos slots de Congonhas, foi pública e notória a pressão política e institucional que a Azul fez perante a Anac e o Decea. Forçaram uma barra enorme tentando impedir o acesso da Passaredo e da MAP ao aeroporto, até o último momento. Agora, uma vez que não tiveram sucesso na pressão política, querem prejudicar a Passaredo tentando sabotar as operações da empresa”, complementou o executivo.

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    Outro lado

    Questionada sobre a acusação da Passaredo, a Azul negou estar assediando funcionários de outras empresas. “O recrutamento de novas pessoas é feito com os recursos disponíveis no mercado brasileiro e, em alguns casos, os candidatos atuam em outras companhias do setor, como é comum em qualquer indústria.”

    Ainda em comunicado, a Azul afirma que este ano deve contratar “2.000 novos tripulantes, incluir trinta aviões na frota e ampliar em cerca de 20% sua oferta de assentos”. “A Azul informa que tem posições abertas para pilotos e convida candidatos que tenham interesse na companhia a enviarem seus currículos ao RH”, diz a nota.

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