Com um aumento de quase 76%, o morango é o produto que teve a maior alta de preço em 2023, seguido pelo pepino, que subiu 54%, considerada a cesta de mais de 400 produtos acompanhadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular a inflação do país. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, e teve alta de 4,67% no ano passado.
Terceiro maior aumento do ano, e um dos itens que mais colaboraram para o avanço do índice geral, as passagens aéreas encerraram 2023 custando, em média, 47% mais do que começaram. De acordo com o IBGE, elas, sozinha, responderam por 0,32 ponto do resultado final – ou seja, sem elas, o IPCA teria ficado em 4,3% em vez de 4,62%.
Embora fazer compras no supermercado tenha ficado, no geral, ligeiramente mais barato no ano – o grupo de alimentação no domicílio caiu 0,52% -, diversos produtos estão mais pesados para a cesta do que no começo do ano. Também entre as maiores altas, o preço do azeite de oliva subiu 37%.
As frutas, no geral, subiram 8,3%, enquanto hortaliças e verduras, como o alface (30,8%) e repolho (39,8%), subiram na média 25,8%. O arroz está 24,6% mais caro, enquanto, no feijão, o consumidor tem opções: o feijão preto subiu 13,2%, mas o feijão carioca caiu 13,7%.
Desconsiderados os alimentos, há também aumentos relevantes em outras frentes. As tarifas de trens, por exemplo, tiveram aumento de quase 19% na média nacional – puxadas, basicamente, pelo reajuste feito no Rio de Janeiro, onde os aumentos chegaram a 48%. O IBGE calcula a inflação nação com base nos preços praticados em 16 capitais do país.
Comprar um ar condicionado ficou 23,7% em 2023, enquanto a cobrança para emplacar o carro subiu 21%. Veja abaixo as maiores altas entre os alimentos e também entre os demais itens.