SÃO PAULO, 22 Mar (Reuters) – A maioria das bolsas internacionais tinham nesta quinta-feira o terceiro dia seguido de queda com dúvidas sobre a recuperação da economia global, após mais indicadores da China e da zona do euro mostrarem uma desaceleração da atividade econômica.
Com a agenda do dia carregada de indicadores econômicos, vários deles preocuparam o mercado. Na China, o índice de gerentes de compras preliminar do HSBC, número mais recente sobre a atividade industrial do país, caiu para 48,1, mostrando que o impulso econômico desacelerou em março. Foi o quinto mês consecutivo de queda, deixando os investidores assustados.
Na Europa, a economia da zona do euro registrou uma inesperada piora em março, afetada pela forte queda na atividades industrial da França e da Alemanha.
Os dados ruins da China e da Europa pressionavam para baixo a cotação do euro, que recuava 0,17 por cento ante o dólar. A moeda norte-americana, por sua vez, valorizava-se em relação à maioria das moedas, inclusive o real. Ante uma cesta de moedas , o dólar tinha leve alta de 0,03 por cento.
No mercado doméstico, o Ibovespa chegava a cair cerca de 1,5 por cento, já que os dados da China reforçaram as perdas de ações ligadas às commodities, como Vale e Petrobras , de grande peso na bolsa brasileira.
Por outro lado, indicadores sobre a economia nacional divulgados nesta quinta-feira mostraram um cenário mais animador.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) supreendeu e veio abaixo do esperado pelo mercado financeiro, com inflação de 0,25 por cento em março -forte desaceleração ante a alta de 0,53 por cento em fevereiro.
A taxa de desemprego de fevereiro subiu para 5,7 por cento em fevereiro, ante 5,5 por cento em janeiro, segundo o IBGE. Apesar da elevação, a taxa é a menor para o mês desde o início da série histórica, em 2002, mostrando que o mercado de trabalho brasileiro continua robusto.
O IPCA-15 menor, somado ao ambiente externo negativo, refletiu-se no mercado de juros futuros, acentuando a queda das taxas dos DIs, principalmente dos contratos com prazos de vencimento mais longos.
Veja como estavam os principais mercados financeiros às 14h09 desta quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,8267 real, em alta de 0,34 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caía 1,58 por cento, para 65.803 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 3,386 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros caía 1,70 por cento, a 33.249 pontos.
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O DI janeiro de 2014 estava em 9,550 por cento ao ano, ante 9,640 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3181 dólar, ante 1,3211 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 132,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,282 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 2 pontos, para 170 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 309 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones caía 0,51 por cento, a 13.057 pontos, o S&P 500 tinha baixa de 0,64 por cento, a 1.393 pontos, e o Nasdaq perdia 0,31 por cento, aos 3.065 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto registrava baixa de 2,51 dólar, ou x 2,34or cento, a 104,78 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,2673 por cento, frente a 2,296 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )(Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Hélio Barboza)