Após forte alta na tarde desta segunda-feira, 10, os contratos do ouro futuro arrefeceram e operavam em alta de apenas 0,28%, a 1.836,40 dólares a onça troy por volta das 18h do horário de Brasília, oscilando no maior valor desde o dia 10 de fevereiro. A valorização do metal acontece na esteira do ataque cibernético que aconteceu na sexta-feira em um importante oleoduto dos Estados Unidos e que afetou os preços do petróleo neste início de semana. Além disso, reflete a lenta recuperação do emprego nos Estados Unidos.
“O ouro está se aproveitando dos ganhos impressionantes da semana passada e oscila em torno de um topo de três meses. O metal subiu 3,5% na semana anterior, em seu melhor desempenho semanal em cinco meses, após dados de empregos nitidamente abaixo do consenso. O relatório da folha de pagamento não agrícola chocantemente fraco valida a postura estimulativa do Fed. Temores de que eles diminuam o suporte mais cedo parecem agora infundados, à luz do fraco relatório de empregos”, diz Sophie Griffiths, analista de mercado da Oanda.
O payroll divulgado na última sexta-feira apontou que o aquecimento do mercado de trabalho americano foi interrompido em abril e confirmou que o Fed terá de manter os estímulos monetários por longo período. Com isso, a moeda americana se desvaloriza frente a outras moedas globais. O DXY, o índice que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas, principalmente o euro, permaneceu estável no final da tarde desta segunda-feira, 10, porém acumula desvalorização desde a semana passada.