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Obama rejeita atrelar aumento do teto da dívida a cortes de gastos

Ele sustentou sua posição de que a redução do déficit deve incluir medidas para elevar receitas

Por Da Redação
14 jan 2013, 17h59
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  • O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou nesta segunda-feira qualquer negociação com republicanos que aceite cortar gastos em troca da aprovação do aumento do limite da dívida do país. “Se a meta é garantir que sejamos reponsáveis em relação à nossa dívida e ao nosso déficit – se essa é a conversa que estamos tendo, estou feliz em tê-la”, disse Obama. “O que eu não farei é negociar com uma arma apontada para a cabeça do povo norte-americano”, disse ele em sua última coletiva de imprensa antes do início de seu segundo mandato.

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    Líderes republicanos rapidamente reiteraram a exigência de que a elevação do teto da dívida venha acompanhada por cortes de gastos. Após o acordo para evitar o chamado abismo fiscal – acentuados cortes de gastos e altas de impostos – há pouco mais de duas semanas, Obama enfrenta nova disputa fiscal com parlamentares republicanos. Em fevereiro esgotam-se os prazos para o aumento do teto da dívida e para a implementação de fortes cortes de despesas que foram temporariamente adiados no acordo sobre o abismo fiscal. Sem um novo teto e sem cortes, o governo americano perde a capacidade de obter novos recursos para manter a máquina federal em funcionamento.

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    Como efeito do corte de financiamentos, a dívida dos EUA entraria em default – que na prática, implica no calote dos serviços da dívida. Alguns republicanos mais radicais se dizem dispostos a permitir esse calote e a paralisação do governo por falta de dinheiro para forçar o gabinete de Obama a aceitar cortes de gastos mais profundos.

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    Obama, por sua vez, diz que gostaria de discutir medidas para reduzir o déficit orçamentário dos EUA. Ele afirma, porém, que quer manter essa discussão separada das negociações sobre o aumento do teto da dívida. Para o presidente americano, a redução do déficit deve incluir medidas que elevem receitas e não apenas de cortes de gastos.

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    Republicanos rejeitam esse enfoque. Eles afirmam que o acordo que evitou o abismo fiscal no fim de 2012 – ao aumentar impostos para os mais ricos e mantê-los baixos para a maior parte dos norte-americanos – deveria ter encerrado qualquer pretensão dos democratas de aumentar novamente os impostos.

    “O presidente precisa levar a sério os gastos do governo, e a decisão sobre o teto da dívida oferece um momento perfeito para isso”, afirmou o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, em comunicado emitido momentos após Obama concluir a coletiva de imprensa. O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse: “O povo norte-americano não apoia o aumento do teto da dívida sem redução dos gastos do governo ao mesmo tempo”.

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    Se o Congresso não aprovar o aumento do limite de endividamento norte-americano, o Tesouro não poderá tomar dinheiro emprestado para cobrir gastos obrigatórios do governo, levando a um default que danificaria a avaliação do crédito norte-americano junto às agências de classificação de risco e teria ampla repercussão nos mercados financeiros em todo o mundo.

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    Amplas discussões sobre o aumento do teto da dívida em 2011 quase levaram os Estados Unidos ao calote, resultando em um rebaixamento na classificação de risco da maior economia mundial, o que causou desordem nos mercados financeiros que desaceleraram a recuperação econômica.

    A última coletiva de imprensa do primeiro mandato de Obama ocorreu uma semana antes de uma cerimônia de gala que marcará o início de seus próximos quatro anos de governos, no dia 20. Disputas com o Congresso sobre impostos e gastos ofuscaram boa parte da agenda doméstica do presidente nos últimos dois anos, com impasses legislativos que mostram poucos sinais de serem passageiros.

    Obama se mostrou indignado com as ameaças dos parlamentares republicanos de permitir o default de dívida. “Seria uma ferida aberta por nós mesmos na nossa economia”, disse ele. “É absurdo e irresponsável imaginar os EUA sem pagar suas contas.”

    (Com Reuters)

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