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O que as empresas têm a ensinar sobre investimento na infância

Executivos debatem papel do setor privado no investimento social para a educação infantil em evento promovido por VEJA e EXAME

Por Da redação
25 set 2017, 13h13
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  • Em um país tão desigual quanto o Brasil, a eficiência da iniciativa privada pode inspirar outros setores da sociedade até em temas como a atenção à primeira infância. Além de promover iniciativas internas que ajudam a transformar a cultura empresarial, executivos precisam “exportar” boas práticas para setores envolvidos diretamente com o desenvolvimento infantil.

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    De que forma essas intersecções podem ser realizadas foi o tema do debate “O papel do setor privado no investimento em primeira infância”, o primeiro do evento “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil”, organizado pelas revistas VEJA e EXAME e apoiado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, pela Fundación Femsa e pela United Way Brasil.

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    Julio Gay-ger, presidente da farmacêutica Eli Lilly no Brasil, Gustavo Schmidt, presidente da Kimberly-Clark, e José Luiz Egydio Setúbal, médico pediatra e presidente da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, discutiram a responsabilidade das empresas no desenvolvimento social e infantil, em conversa mediada por André Lahóz Mendonça de Barros, diretor de redação de EXAME.

    O consenso entre os executivos é de que o governo não tem condições de arcar com toda a responsabilidade sobre a educação infantil. Por isso, o setor privado precisa assumir protagonismo nessa área, especialmente na promoção de boas condições sociais para que as famílias possam oferecer atenção e cuidado para as crianças.

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    Setúbal, da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, é categórico ao observar que as práticas empresariais têm impacto positivo, mas são insuficientes para levar a mudanças sociais efetivas. Ele defende que as empresas se engajem em campanhas, por vezes simples, mas de grande impacto, como a de incentivo à leitura promovida pelo banco Itaú.

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    Já Julio Gay-ger, da Eli Lily, destaca que o principal legado da iniciativa privada para o primeiro e o terceiro setores é a prestação de contas. “No Brasil, temos a cultura do voluntariado, mas não a do investidor social. Podemos convencer as pessoas a investirem, a darem dinheiro para iniciativas sociais, adotando a prática da iniciativa privada de prestação de contas. É preciso mostrar para onde vai o dinheiro, que ele está gerando resultados”, defendeu.

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    Gustavo Schmidt, da Kimberly-Clark, acredita que a sensibilidade dos empresários para os assuntos sociais está aumentando, e que as mudanças promovidas dentro do ambiente corporativo são bastante promissoras. “Sempre falamos de diversidade, mas quando visitamos empresas, as pessoas que estão lá são sempre as mesmas: as que tiveram um background familiar favorável, apoio e suporte. Agora começamos a prestar atenção, e o nosso maior desafio, na América Latina, é democratizar o acesso ao bem-estar social”.

    Boas práticas

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    Os executivos também elencaram boas práticas das próprias empresas que podem ajudar a inspirar mudanças na sociedade.

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    Gustavo Schmidt mencionou a extensão da licença-paternidade, além de subsídios a cuidadores para os filhos de mães das empresas, para que elas possam continuar viajando. “Também não adianta dar licença-maternidade e depois obrigar a pessoa a trabalhar 10 horas por dia para a empresa. Você precisa mostrar que a empresa está preocupada com o bem-estar da família dos funcionários, é só isso que gera engajamento”, defendeu.

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    Schmidt ainda citou um programa de voluntariado canadense, que ele quer implantar no Brasil, para abraçar crianças que nasceram prematuras em situação vulnerável. “Parece bobo para a gente, porque a maioria de nós aqui provavelmente teve acesso a esse cuidado no começo da vida, alguém que nos deu afeto. Mas muitas crianças não têm, e essa atitude pode ser poderosa”.

    Julio Gay-ger, da Eli Lily, também citou alguns programas de voluntariado na empresa. “Todo dia 28 de setembro nós temos um dia do voluntariado, voltado para vários setores. E o que a gente observa é que as pessoas se envolvem tanto que continuam com o trabalho, mesmo fora da data patrocinada pela empresa”, contou.

    André Lahóz Mendonça de Barros também lembrou a iniciativa da revista EXAME, que lançou o Guia de Responsabilidade do Empresário, quando ainda não se falava tão amplamente em sustentabilidade. “Isso criou uma competição positiva”, comentou.

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