Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

O que acontece se o BC descumprir a meta de inflação

Se a inflação anual ficar fora do limite de tolerância, a autoridade monetária precisará explicar os motivos para Haddad -- e é Galípolo quem assinará a carta

Por Camila Pati Atualizado em 28 out 2024, 09h50 - Publicado em 28 out 2024, 09h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O mercado financeiro já prevê um estouro da meta de inflação para 2024, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 28. Analistas do mercado projetam que o IPCA deve encerrar o ano em 4,55%, fora do limite de tolerância da meta de inflação. Hoje, a meta oficial de inflação, medida pelo IPCA, é de 3% ao ano para 2024, 2025 e 2026, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Desde a criação do sistema de metas, em 1999, a inflação ficou fora do intervalo de tolerância em sete anos2001, 2002, 2003, 2015, 2017, 2021 e 2022.

    A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e o Banco Central é responsável por aplicar as políticas para atingir essa meta, aplicada ao aumento acumulado dos preços nos últimos 12 meses. Se a inflação ultrapassa esse limite, considera-se que o Banco Central não cumpriu a meta. No atual sistema, isso será medido em janeiro, quando o IBGE, responsável pelo IPCA, divulgar o índice acumulado dos 12 meses.

    O procedimento do BC em caso de descumprimento da meta inclui a comunicação sobre os motivos do descontrole da inflação. O BC tem de divulgar publicamente as razões do descumprimento por meio de nota no Relatório de Política Monetária e também uma carta aberta ao Ministro da Fazenda.

    Como manda o sistema, a carta deve ser escrita pelo presidente do BC ao ministro, que é também o presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em janeiro, quando sai o resultado oficial da inflação de 2024, o atual diretor de  política monetária, Gabriel Galípolo, assume o comando do BC, no lugar de Roberto Campos Neto. A primeira carta foi escrita por Armínio Fraga, em 2001. A carta também foi entregue nos anos de 2002, 2003, 2015 e 2018 e em 2021 e 2022. 

     A nota e a carta devem trazer a descrição detalhada das causas do descumprimento, as medidas necessárias para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo esperado para que as medidas produzam efeito.

    Continua após a publicidade

    Meta contínua

    A  partir do ano que vem, o governo instituiu o sistema de meta contínua da inflação, sem a vinculação com o ano-calendário. Com essa mudança, se a inflação ficar acima do limite máximo da meta por seis meses consecutivos, o Banco Central terá que explicar o descumprimento.

    Com a nova meta contínua, a avaliação será feita de forma permanente, e o governo poderá mudar a meta apenas com três anos de antecedência. Essa meta continua sendo decidida em conjunto pelo Banco Central, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento.

    Hoje, a meta oficial de inflação para 2025 e 2026, medida pelo IPCA, é também de 3% ao ano, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. 

    Pelo regime de metas contínuas, o governo fixa uma meta que, na prática, passa a ser permanente. Qualquer alteração na meta terá de ser feita com três anos de antecedência. Fruto de acordo entre os Ministérios da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central, a foi anunciada em junho de 2023 mas o decreto que detalhou o novo modelo só foi publicado  um ano depois, em junho deste ano.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.