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Na China, Doria defende oposição de Sul e Sudeste a restante do país

Governador acredita que São Paulo cresceria mais caso outros estados acompanhassem o mesmo ritmo econômico

Por Felipe Carneiro, de Xangai (China)
Atualizado em 9 ago 2019, 06h29 - Publicado em 9 ago 2019, 05h36
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  • De maneira diplomática, como de hábito, o governador de São Paulo, João Doria, defendeu a marcação de uma posição política clara entre as regiões Sul e Sudeste, e os estados do restante do país.

    Em visita à China, onde lidera uma delegação de integrantes de seu governo e empresários do estado de São Paulo para atrair investimentos da potência asiática, Doria afirmou que São Paulo poderia crescer mais caso o restante do país mantivesse o mesmo ritmo econômico.

    “Nos últimos 20 anos tem sido assim, São Paulo lidera a economia brasileira. E continuará assim, em escala até mais forte: nos últimos seis meses, a economia do nosso estado cresceu, mesmo que a um índice menor do que poderíamos se o restante do país estivesse acompanhando nosso ritmo”, afirma o governador.

    Há três meses, Doria articulou a criação do Cosud (Consórcio Sul Sudeste) para tentar alinhar projetos entre os sete estados, que representam 70% da economia brasileira, e também marcar uma posição política.

    “O Cosud serve também para alinhar posicionamentos políticos, que servem muitas vezes de contraponto a certas posições que outros estados defendem. Nós, dos estados do sul e sudeste, acreditamos em trabalhar unidos para o desenvolvimento do país”, completa.

    O governador acredita que a economia brasileira tende a retomar o crescimento no último trimestre do ano, caso a reforma da Previdência seja aprovada definitivamente no Senado – o que ele acredita que vá acontecer até o fim de setembro.

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    “Por diferentes circunstâncias – muitas de natureza político-institucional – não houve o crescimento esperado nos primeiros sete ou oito meses do ano. Alguns fatores políticos causaram turbulência, mas a economia vai virar no no final do ano”.

    Enquanto a reforma da Previdência não sai, Doria trabalha para convencer investidores chineses a trazer dinheiro para São Paulo. Entre os projetos que está vendendo na Ásia, o governador acredita que os que tem atraído mais interesse são a construção de duas ferrovias (uma entre São Paulo e São José dos Campos, a outra ligando São Paulo a Campinas) e a capitalização ou privatização da Sabesp, a companhia estadual de saneamento básico.

    “Nossa expectativa era de gerar 12 bilhões de dólares em negócios para os próximos dez anos aqui na China. Hoje, estamos revisando esta conta para 30 bilhões de dólares, tudo capitaneado pelo nosso programa de desestatização e obras de infraestrutura”, comemora Doria.

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