O fundador do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, morreu na madrugada deste sábado, 14, em São Paulo, aos 77 anos de idade, quando teve uma piora em seu quadro clínico. A direção do grupo automobilístico informou que ele estava com a saúde debilitada por conta de um tratamento e faleceu durante o sono, ao lado da esposa e na companhia dos filhos em sua residência. Paraibano, o empresário criou o grupo que leva as iniciais de seu nome. O velório será hoje no Cemitério do Morumbi, a partir das 14h30. O sepultamento será às 17h30.
A morte de Caoa foi motivo de comoção no meio empresarial. “Perdemos hoje um grande brasileiro, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, empresário com notável espírito empreendedor, inquieto e que nunca se furtou a enfrentar novos desafios”, disse em nota o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. “Deixa como legado uma valiosa contribuição ao país pelo exemplo de sua bem sucedida trajetória empresarial e os milhões de empregos que gerou ao longo da vida. Meus mais profundos sentimentos à família e aos amigos”.
O presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos (Fenauto), Ilídio dos Santos, destacou o papel de Caoa para desenvolver o setor automotivo do país: “Profissional de uma visão empreendedora que auxiliou o setor a crescer no Brasil, o empresário paraibano deixou sua marca em todos os profissionais que atuam com veículos”.
Paraibano, Caoa formou-se em medicina, mas gostava mesmo era de carros. A história de Caoa na área de automóveis começou com um Ford Landau, um potente carro de 8 cilindros. Ele tinha adquirido o carro, mas a concessionária onde ele comprou o veículo anunciou a falência antes da entrega do Landau. Com visão de empreendedor, Caoa comprou a concessionária e deu início aos seus negócios. Anos depois, ele conquistaria o título de maior revendedor Ford na América Latina.
Hoje, o Grupo Caoa vende as marcas Hyundai, Chery e Subaru. O Grupo tem duas fábricas de automóveis, uma em Jacareí, em São Paulo, e outra no distrito industrial de Anápolis, em Goiás. Caoa ainda tentou comprar a Ford do Brasil, no final de 2019, mas o negócio não prosperou. O empresário foi presidente da Caoa até 2013. Nesse ano, o Grupo Caoa decidiu profissionalizar ainda mais o negócio e contratou o executivo Antonio Maciel Neto para dirigir os rumos do conglomerado. Caoa ficou no cargo de presidente do Conselho Administrativo.