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Montadoras anunciam nova onda de demissões e férias coletivas

Melhora nas vendas de veículos em setembro não trouxe segurança ao setor automotivo e montadoras como a GM optam por programas de demissão voluntária

Por Da Redação
2 out 2014, 09h57
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  • A melhora verificada nas vendas de veículos em setembro, com alta de quase 9% em relação a agosto, não trouxe segurança ao setor automotivo. As montadoras anunciaram nova onda de férias coletivas e programas de demissão voluntária (PDV), medidas que vêm sendo adotadas desde o primeiro trimestre do ano.

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    A General Motors (GM) abriu na quarta-feira novo PDV para trabalhadores das fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos (SP), mas não divulgou metas. A empresa já tem 930 funcionários de São José em lay-off (suspensão temporária de contratos). Ford, Renault e Volkswagen vão dar novos períodos de férias coletivas e licenças a partir de sexta-feira.

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    No mês passado foram licenciados 296.300 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, resultado 8,7% melhor que o de agosto, mas 4,3% inferior ao de setembro de 2013. No acumulado do ano, as vendas somam 2,78 milhões de veículos, queda de 9,1% em relação a igual período do ano passado.

    “As condições de inflação, câmbio e ambiente político ainda não permitem afirmar que a melhora verificada em setembro será contínua, e prova disso é o fato de as fabricantes continuarem a adotar medidas de corte de produção”, diz Ricardo Pazzianotto, sócio da PriceWaterhouseCoopers (PwC). “Não há segurança por parte da indústria de uma retomada de mercado.”

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    A Ford interromperá de sexta até o dia 13 toda a produção de automóveis e caminhões da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os dias parados serão descontados no banco de horas (sistema de compensação de horas trabalhadas) dos 3.500 funcionários que serão dispensados.

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    A Volkswagen dará férias coletivas de vinte dias a partir de meados do mês para cerca de 1.000 funcionários do primeiro turno da unidade de São José dos Pinhais (PR). Na segunda-feira, um grupo de 400 funcionários volta do lay-off após cinco meses, e outro grupo de 150 pessoas continuará em casa até o fim do mês.

    “Não vemos sinal de melhora e é possível que, após o fim das férias coletivas outras medidas sejam adotadas, como novo grupo em lay-off ou mais férias coletivas”, afirma Jamil Davila, do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e região. Também no Paraná, a Renault dará férias a 3.000 trabalhadores (de um total de 6.500) das linhas de carros e motores entre os dias 13 e 22.

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    A empresa alega necessidade de reduzir a produção por causa da queda das exportações para a Argentina e a baixa demanda no mercado brasileiro. No período, 10.000 automóveis e 12.000 motores deixarão de ser produzidos, segundo a Renault.

    A Mercedes-Benz estuda prorrogar por mais cinco meses o período de lay-off de 1.200 operários suspensos desde julho e que deveriam voltar em novembro.

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    Promoções – Na opinião de analistas, o melhor desempenho verificado nas vendas em setembro se deve em parte às promoções feitas pelas fabricantes e revendas e ao fato de o mês ter um dia útil a mais que o anterior.

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    Só as vendas de automóveis e comerciais leves somaram 282.800 unidades, 9% a mais que em agosto, embora 3,9% inferior às do mesmo mês de 2013. De janeiro a setembro o segmento vendeu 2,4 milhões de unidades, 8,8% a menos que no mesmo intervalo de 2013.

    Pelo quarto mês seguido, o Fiat Palio foi o automóvel mais vendido no país, com 15.907 unidades, seguido por Onix, da General Motors (13.483) e Volkswagen Gol (12.583). No acumulado do ano, o Gol segue como líder, com 134.729 unidades vendidas, 5.964 à frente do Palio, com 128.765, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

    As vendas de motos cresceram 7,65% em setembro ante agosto, para 119.842 unidades. No ano, a queda acumulada é de 5,26%, com 1.069.898 unidades.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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